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FÉ Popular

Santo Antônio: conheça simpatias e tradição no dia do “santo casamenteiro”

No Dia de Santo Antônio, simpatias ganham força como expressão de fé, amor e tradição popular.

Da Redação



Celebrado nesta sexta-feira (13), Santo Antônio é um dos santos mais populares do Brasil. Conhecido como o "santo casamenteiro", é tradicionalmente invocado por quem busca encontrar um amor ou fortalecer um relacionamento. No imaginário popular, simpatias e rituais simples são práticas comuns nesse dia, sempre acompanhadas de fé e esperança.

Uma das simpatias mais conhecidas envolve uma fita vermelha e uma imagem do santo. A recomendação é que, no dia 13, a pessoa amarre a fita na imagem, dando nós enquanto faz seu pedido amoroso. Em seguida, o santo é colocado de cabeça para baixo dentro de um copo até que o desejo se realize. Quando isso acontecer, a imagem deve ser desvirada e os nós desfeitos em sinal de gratidão.

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Segundo Cassia Regina Gonçalves dos Santos, professora do Senac e mestre em História Social, a fita simboliza o amor e os nós representam os desejos da pessoa. “Virar a imagem do santo é uma forma simbólica de entregar o pedido, e o ato de desatar os nós mostra agradecimento”, explica.

Outra simpatia bastante praticada é o “banho de Santo Antônio”. Para isso, deve-se encher um copo novo com água, três pitadas de sal e um botão de rosa vermelho. Após a flor murchar, a água é usada para um banho especial, enquanto a pessoa repete treze vezes a frase: "Santo Antônio, Santo Antônio, mande um Antônio para mim". A repetição é parte do ritual que reforça a intenção do pedido.

As festas juninas, onde essas simpatias se popularizaram, têm origem em celebrações pagãs ligadas ao solstício de verão no Hemisfério Norte. Com o tempo, essas práticas foram cristianizadas e trazidas ao Brasil pelos portugueses. Aqui, receberam influência de culturas indígenas e africanas, transformando-se em uma das festas mais tradicionais do país.

Para Cássia, as simpatias são expressões da cultura popular que vão além da busca por um amor. “São práticas folclóricas com toques de fé e esperança. Elas revelam desejos, crenças e a vontade de mudar a própria sorte”, afirma. Afinal, em tempos de incerteza, recorrer à tradição pode ser um jeito simbólico de não perder a esperança.

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