Em uma ação judicial que promete trazer à tona detalhes da indústria musical, o empresário Agesner Monteiro busca, nas cortes, o reconhecimento de sua contribuição essencial para o início da carreira de Ana Castela. Monteiro, que se apresenta como o primeiro investidor da cantora, está em disputa legal para receber a compensação financeira devida, com base em um contrato que garantiria 20% dos lucros da carreira da artista, em caráter vitalício.
A audiência está marcada para o próximo dia 13 de maio, no Fórum do Tribunal de Justiça de Londrina (PR), sob a responsabilidade da juíza substituta Kléia Bortolotti. O empresário afirma que o acordo formalizado entre ele e a cantora é o cerne da sua reivindicação.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Monteiro apresentou provas que, segundo ele, comprovam sua participação fundamental na trajetória inicial de Ana. Entre os documentos estão áudios, extratos bancários e conversas privadas, além de evidências do investimento financeiro que fez em gravações, equipamentos e apoio logístico. "Entrei quando ninguém acreditava. Nem os pais dela apostaram, e estávamos em plena pandemia", declarou o empresário, que também contou que atuou como uma figura paternal para a cantora, acompanhando-a em diversos compromissos.
A disputa envolve um contrato do tipo "360°", no qual o investidor tem participação em todas as fontes de receita da carreira da artista, desde shows até publicidades. Monteiro acusa interferência de terceiros após o sucesso nacional de Ana Castela, o que, segundo ele, teria levado à tentativa de anulação do acordo. Embora não tenha citado diretamente a cantora, ele criticou os pais dela e os empresários Rodolfo e Rafael por tentarem invalidar o contrato. "Tentaram me calar, mas não conseguiram. Quero apenas o que é meu por direito".
O processo, que exige uma compensação de R$ 150 milhões, tem grandes implicações para o mercado musical brasileiro, podendo alterar a forma como os contratos entre investidores e artistas em início de carreira são formalizados. O caso tem atraído atenção tanto de especialistas jurídicos quanto de profissionais da indústria fonográfica.
“Não busco vingança, nem escândalo. Quero justiça. Tudo que digo, eu provo”, concluiu Monteiro, deixando claro que sua ação visa esclarecer e garantir o que considera ser sua parte na história do sucesso de Ana Castela.