Da Redação
As Nações Unidas estão alertando para uma situação crítica em Gaza: Israel estaria impedindo a entrada de ajuda humanitária, o que tem levado a uma escassez severa de alimentos prontos para o consumo. O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) classificou o enclave como "o lugar mais faminto do mundo", destacando a urgência da crise.
Jens Laerke, porta-voz do Ocha, revelou que, dos 900 caminhões de ajuda esperados na fronteira de Israel com Gaza, apenas 600 foram autorizados a entrar. No entanto, mesmo após a entrada, uma série de obstáculos burocráticos e de segurança tem tornado quase impossível a distribuição segura desses suprimentos na região. Laerke explicou que a maior parte do que consegue chegar é farinha, um produto que não está pronto para o consumo imediato, exigindo preparo. A situação é tão grave que ele afirma que "100% da população de Gaza está correndo o risco de passar fome".
A crise se estende também ao setor de saúde. Tommaso della Longa, porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, acrescentou que metade das instalações médicas na região está inoperante. A falta de combustível para geradores e a ausência de equipamentos médicos essenciais têm inviabilizado o funcionamento de hospitais e clínicas, agravando ainda mais a já precária situação humanitária em Gaza.
Com informações da Agência Brasil