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RELÓGIO BIOLÓGICO

Quando começamos a envelhecer? Ciência revela idades-chave e fatores de aceleração

A pesquisa de Stanford revelou que o envelhecimento não é um processo contínuo, mas ocorre em três saltos biológicos significativos.

Da Redação



A percepção da idade nem sempre acompanha a cronologia. Nosso corpo, de fato, pode experimentar um envelhecimento celular mais lento ou acelerado, influenciado diretamente pelo estilo de vida. Essa variação torna um desafio para a ciência definir o exato momento em que alguém "fica velho". Contudo, um estudo inovador da Universidade de Stanford, publicado na Nature Medicine em 2019, trouxe uma nova perspectiva para essa questão.

A pesquisa de Stanford revelou que o envelhecimento não é um processo contínuo, mas ocorre em três saltos biológicos significativos. O primeiro desses "saltos" surpreendeu os cientistas por acontecer muito antes do que se imaginava: aos 34 anos. A partir dessa idade, o corpo começa a apresentar mudanças sutis que, embora não sejam visíveis a olho nu, já podem ser detectadas por meio de exames de sangue. O estudo analisou testes de mais de quatro mil indivíduos entre 18 e 95 anos, medindo quase 3 mil proteínas no plasma de cada um e notando alterações significativas em 1.379 delas. "Observar milhares delas no plasma nos dá uma visão geral do que está acontecendo em todo o corpo no envelhecimento", explicou Tony Wyss-Coray, professor da Faculdade de Medicina de Stanford, ao apresentar os resultados.

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Mas o que realmente acelera o envelhecimento? Um estudo subsequente da Universidade de Oxford, publicado na Nature Medicine em fevereiro deste ano, listou os 25 principais fatores que impactam a velocidade do envelhecimento do organismo. A pesquisa identificou que hábitos de vida e condições socioeconômicas desempenham um papel crucial. Ser fumante, ter baixa renda, não possuir casa própria, ser sedentário, não praticar exercícios de hipertrofia e ter sido filho de mãe fumante são alguns dos fatores com maior impacto.

Curiosamente, com exceção de fatores étnicos (como "não ser branco") e aqueles ligados à constituição corporal na infância (altura e peso aos 10 anos), a genética parece ter um impacto menor no envelhecimento precoce. Isso sugere que, em grande parte, o ritmo de envelhecimento do nosso corpo está nas nossas mãos, sendo fortemente influenciado por escolhas de vida e pelo ambiente em que vivemos.

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