Com o aumento de casos de gripe e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil, empresas buscam estratégias para proteger seus funcionários. Descubra como a alimentação e hábitos saudáveis podem ser seus maiores aliados contra doenças respiratórias e o absenteísmo.
Com a chegada do frio e o cenário preocupante de aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente causadas pela influenza A, o Brasil vive um alerta de saúde. De acordo com levantamentos, 22 estados e 19 capitais estão em situação de atenção, risco ou alto risco para SRAG, afetando principalmente adultos e idosos, mas também crianças e adolescentes. Nesse contexto, a preocupação das empresas com o aumento de afastamentos e o bem-estar de suas equipes cresce exponencialmente.
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A Dra. Fernanda Vasconcelos, médica clínica e nutróloga do Instituto Qualitté, destaca que a linha de frente na proteção da saúde dos colaboradores começa por algo fundamental: a alimentação.
O Poder da Alimentação na Imunidade
A especialista explica que a capacidade do nosso corpo de responder a infecções está diretamente ligada à ingestão de nutrientes essenciais. A deficiência de vitaminas (C, D, A, E e do complexo B), minerais (ferro, zinco e selênio) e antioxidantes pode comprometer a produção de células de defesa e anticorpos, deixando o organismo vulnerável.
Além disso, um intestino desregulado pode ser a porta de entrada para toxinas, aumentando inflamações e prejudicando o metabolismo geral. Isso não só afeta a saúde física, mas também o desempenho mental e a produtividade no ambiente de trabalho.
O que colocar no prato da sua equipe?
Para fortalecer o sistema imune e diminuir as chances de gripes e outras infecções, a Dra. Fernanda recomenda uma dieta variada, colorida e rica em alimentos naturais:
Fontes de Vitamina C: Acerola, kiwi, laranja e tangerina.
Antimicrobianos Naturais: Alho e cebola.
Ricos em Zinco e Selênio: Castanhas e sementes.
Compostos Bioativos: Vegetais roxos, verdes-escuros e alaranjados.
Ômega 3 e Vitamina D: Grãos, peixes gordurosos, linhaça e chia.
Saúde Intestinal: Iogurtes naturais com probióticos.
Um estudo publicado no Nutrition Journal em 2010 já apontava que alimentos de origem vegetal possuem, em média, 64 vezes mais antioxidantes do que os de origem animal, reforçando a importância de priorizar frutas, legumes, grãos e sementes no cardápio diário da equipe.
O que evitar?
Por outro lado, alguns alimentos podem minar as defesas do corpo: ultraprocessados, excesso de açúcar, gordura trans, álcool e cafeína em grandes quantidades. Esses itens promovem inflamações e dificultam a absorção de nutrientes. O consumo elevado de gordura saturada, presente em carnes processadas e óleos como os de palma e coco, também impacta negativamente a imunidade e não deve ultrapassar 10% do total calórico diário.
Sinais de Alerta e Hábitos Essenciais
Fique atento a sintomas que indicam baixa imunidade na equipe, como gripes frequentes, herpes, candidíase, falhas de memória e dificuldade de concentração. Esses sinais podem indicar carência de vitaminas e minerais vitais como ferro, vitamina D e complexo B.
Além da alimentação, a médica reforça que outros pilares são cruciais para a imunidade: sono de qualidade, hidratação adequada, exercícios físicos regulares e controle do estresse. Durante o sono, o corpo se reorganiza e fortalece suas defesas. A atividade física, por sua vez, estimula a liberação de substâncias anti-inflamatórias e beneficia a saúde mental. O equilíbrio intestinal também desempenha um papel fundamental, influenciando a produção de neurotransmissores que regulam sono, humor e apetite.
Cuidado com atalhos: Suplementos e chás não substituem uma alimentação equilibrada. A Dra. Fernanda alerta que altas doses de vitamina C, por exemplo, não tratam infecções virais e seu uso indiscriminado pode causar sobrecargas ou efeitos colaterais. Suplementos devem ser indicados com base em exames e necessidade clínica, e o mesmo vale para infusões, que podem conter substâncias tóxicas.
Manter a equipe saudável no inverno exige uma estratégia bem definida, rotina consistente e informações confiáveis, não apenas soluções rápidas. Qual a principal medida de saúde que sua empresa já adota para o bem-estar dos colaboradores?
