A vereadora de Cuiabá Michelly Alencar (União Brasil), já declaradamente pré-candidata à Assembleia Legislativa em 2026, vive um impasse político: embora deseje se filiar ao PL, legenda com a qual atualmente se alinha politicamente, está “amarrada” ao União Brasil e enfrenta resistência da sigla para obter a carta de liberação.
Nos bastidores, Michelly e o marido, Jefferson Neves que já foram próximos do governador Mauro Mendes e da primeira-dama Virginia Mendes, ambos do União mudaram de rota. Atualmente, o casal gravita politicamente em torno do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), com quem têm alinhamento direto. Jefferson, inclusive, ocupa cargo estratégico na gestão municipal, e Michelly atua como uma das principais defensoras de Abilio na Câmara de Vereadores.
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A aproximação com o grupo abilhista, no entanto, desagradou a cúpula do União Brasil. O partido, que ainda conta com Michelly como ativo político, não quer liberá-la facilmente. Isso porque, além de seu potencial de votos, ela é vista como peça importante para compor a futura chapa proporcional da legenda.
Fontes ligadas ao União indicam que a sigla deve segurar a vereadora ao máximo, usando sua liberação como moeda de troca no próximo período eleitoral. O objetivo seria negociar seu desligamento em um cenário que beneficie diretamente o partido, evitando o esvaziamento de seus quadros com vistas a 2026.
A situação evidencia o jogo de forças que antecede o período oficial de filiações. Com apoio cada vez mais explícito de Abilio Brunini — que já a "lançou" informalmente para uma candidatura estadual —, Michelly Alencar poderá se ver obrigada a judicializar sua saída caso o União mantenha o veto político.
Enquanto isso, a disputa entre partidos por quadros competitivos se intensifica, antecipando o tom acirrado das movimentações para as eleições estaduais.