Em mais uma medida polêmica, o governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (4) restrições severas à entrada de cidadãos de 19 países. A decisão, assinada pelo presidente Donald Trump, entra em vigor já na próxima segunda-feira (9) e, segundo a Casa Branca, tem como objetivo reforçar a segurança nacional.
O governo americano alega que as nações afetadas apresentam falhas sérias nos sistemas de controle de identidade e verificação de antecedentes, o que, na visão de Trump, abre brechas para riscos à segurança dos EUA. “Nosso dever é proteger os americanos e os interesses do país. Não podemos permitir que entrem pessoas que representem ameaça”, declarou o presidente ao oficializar a medida.
A decisão surgiu após uma análise rigorosa conduzida por agências como o Departamento de Estado, Segurança Interna, Justiça e Inteligência Nacional. O relatório concluiu que esses países não atendem aos critérios mínimos de segurança exigidos para concessão de vistos.
Quem fica de fora dos EUA?
A lista está dividida em dois grupos — um com proibição total e outro com restrições parciais.
Proibição total de entrada:
Afeganistão
Chade
Congo
Eritreia
Guiné Equatorial
Haiti
Irã
Iêmen
Líbia
Mianmar
Somália
Sudão
Restrições parciais (entrada condicionada a critérios específicos):
Burundi
Cuba
Laos
Serra Leoa
Togo
Turcomenistão
Venezuela
De acordo com a proclamação, alguns desses países apresentaram avanços, mas ainda não são suficientes para suspender totalmente as restrições. “Reconhecemos quem está buscando melhorias, mas enquanto houver riscos, manteremos medidas de controle”, reforçou Trump.
Quem não será afetado?
As restrições não valem para cidadãos desses países que já estejam em solo americano ou possuam visto válido antes da entrada em vigor da norma. Atletas, técnicos e familiares que participam de competições esportivas internacionais, como Jogos Olímpicos ou Copas do Mundo, também estão liberados.
E agora?
A Casa Branca afirmou que a lista poderá ser revisada a qualquer momento, conforme os países adotem melhorias em seus sistemas de segurança e compartilhamento de informações. Até lá, a triagem continuará rigorosa.