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DEPOIMENTO NO STF

"Sem prova, sem lógica, sem verdade": deputados de MT saem em defesa de Bolsonaro

Deputados estaduais e federais bolsonaristas dizem que acusações contra o ex-presidente são infundadas e atacam condução da investigação pelo ministro Alexandre de Moraes.

Da Redação



A recente audiência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado, provocou fortes reações entre os parlamentares bolsonaristas de Mato Grosso. Deputados estaduais e federais aliados a Bolsonaro criticaram o conteúdo da audiência conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, minimizando as alegações apuradas pela Polícia Federal. As declarações dos parlamentares indicam uma defesa enfática do ex-presidente, que nega as acusações de envolvimento em um plano para reverter o resultado das eleições de 2022.

O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) descreveu o depoimento de Bolsonaro como uma "encenação", afirmando que as acusações seriam baseadas em suposições. Cattani também ecoou a defesa de Bolsonaro, que descreveu manifestantes pró-intervenção militar como "malucos" que não representam sua liderança política. De forma similar, o deputado federal Nelson Barbudo (PL) usou suas redes sociais para defender o ex-presidente, destacando que Bolsonaro sempre repudiou a "baderna e as depredações do 8 de janeiro". O deputado federal Coronel Assis (União Brasil) também reforçou a ideia de que o processo conduzido pelo STF é um "grande teatro", alegando que a tese é "fraudulenta, sem prova, sem lógica, sem verdade".

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O depoimento de Bolsonaro, realizado na última terça-feira (10), teve o objetivo de esclarecer sua participação no suposto plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e instaurar medidas de exceção. Durante o interrogatório, o ex-presidente negou categoricamente que o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, tenha oferecido tropas para ações golpistas. Ele afirmou que não havia "clima", "oportunidade" ou "base minimamente sólida para fazer qualquer coisa" nesse sentido.

 

Além disso, Bolsonaro negou ter agido fora dos limites constitucionais, apesar de manter suas críticas ao sistema eleitoral e defender o voto impresso. Ele enfatizou que "jogou dentro das quatro linhas o tempo todo" e que fez "aquilo que tinha que ser feito". Questionado sobre suas falas anteriores, nas quais atribuiu condutas irregulares a ministros do STF sem apresentar provas, o ex-presidente pediu desculpas e negou qualquer intenção de fazer tais acusações. Ele também refutou envolvimento na operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que abordou veículos de transporte de eleitores no segundo turno das eleições de 2022, especialmente no Nordeste, e negou ter pressionado o então ministro da Defesa a divulgar um relatório com suspeitas sobre as urnas eletrônicas.

Bolsonaro é acusado de crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão. Ele e outros sete réus são considerados o núcleo principal da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, que alega a existência de um plano golpista com apoio de autoridades civis e militares. O interrogatório de outros envolvidos no caso deverá prosseguir ao longo da semana, à medida que a investigação avança.

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