Da Redação
A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) surpreendeu ao anunciar, pelas redes sociais, que vai propor uma mudança na reforma política em discussão no Congresso. A parlamentar defende que, além de acabar com a reeleição para cargos do Executivo, é crucial limitar o tempo que deputados e senadores podem ficar no cargo. Atualmente, não há um limite de mandatos para os parlamentares no Brasil, permitindo que muitos permaneçam no poder por décadas.
A proposta original, já aprovada em uma comissão do Senado, prevê o fim da reeleição para prefeitos, governadores e presidente, além de estabelecer mandatos únicos de cinco anos e unificar todas as eleições a cada cinco anos. No entanto, Buzetti quer ir além e estender essa limitação também para o Legislativo. Ela argumenta que 15 anos – o equivalente a três mandatos de cinco anos – já é tempo suficiente para que um político consiga apresentar e aprovar suas ideias.
"Para um país onde político faz carreira em cargo público, isso já é um avanço. Mas e no Legislativo? Vocês acham certo um deputado ou senador ficar 30 ou 40 anos no mandato? Eu não", questionou a senadora em seu Instagram. Ela, que hoje ocupa a cadeira de Carlos Fávaro (PSD) no Ministério da Agricultura, ainda sugeriu que, no caso do Executivo, um político não deveria poder exercer mais de dois mandatos no total, mesmo que não sejam consecutivos, como acontece nos Estados Unidos.
A emenda de Buzetti será mais um ponto a ser debatido na comissão especial que analisará a PEC. Para virar lei, a proposta precisará ser aprovada por um grande número de deputados e senadores em duas votações em cada Casa. Essa iniciativa busca renovar a política brasileira, evitando que cargos públicos se tornem profissões vitalícias e incentivando a alternância no poder.