O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), saiu em defesa da base governista e negou que haja qualquer tentativa de impedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de fraudes em empréstimos consignados envolvendo servidores públicos.
Russi explicou que a decisão tomada pelo colegiado de líderes foi aguardar o andamento das investigações conduzidas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), Polícia Civil e pela força-tarefa criada pelo Executivo. Segundo ele, o trabalho técnico já em curso é robusto e deve trazer resultados efetivos.
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“Não existe essa história de que a base está segurando a CPI. Fizemos um debate no Colégio de Líderes e, considerando a competência do TCE, que possui uma equipe técnica altamente qualificada, acreditamos que o desfecho será positivo”, afirmou o presidente.
Ele ressaltou ainda que o processo tem contado com a participação ativa de sindicatos e parlamentares, reforçando a transparência das apurações.
“Os sindicatos escolheram acompanhar o tribunal, e deputados como Henrique Lopes, Botelho e Wilson também participaram dessas ações. Trabalhamos em conjunto, base e oposição, para proteger os servidores. Se surgir alguma dúvida, o instrumento da CPI está aberto para ser acionado”, garantiu Russi.
Enquanto isso, entidades sindicais pressionam por medidas mais rigorosas do Legislativo diante das denúncias envolvendo a empresa Capital Consig e o cartão MTCard. Servidores relataram casos em que solicitaram empréstimos de R$ 12 mil, receberam apenas parte do valor e têm sido cobrados por dívidas que ultrapassam R$ 24 mil — um aumento de até 1.000% nos valores descontados.
Nos bastidores, parlamentares da base demonstram cautela para não confrontar o Palácio Paiaguás e seguem a orientação de aguardar o fim das investigações antes de dar andamento a qualquer pedido formal de CPI na Assembleia Legislativa.