21 de Abril de 2025, 15h:47 - A | A

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legítimo e necessário

Max Russi defende voto secreto e rebater críticas do Governo



O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), se posicionou veementemente a favor do voto secreto durante a análise de vetos do Executivo, alegando que essa prática é "legítima e necessária" para garantir a autonomia dos deputados. O discurso de Russi foi uma resposta direta às críticas feitas pelo governador Mauro Mendes (União), que questionou a aplicação do sigilo em decisões que impactam a sociedade.

Russi afirmou que, sem o voto secreto, vetos importantes jamais seriam derrubados, dada a forte base de apoio do governo na Assembleia. "Se tivermos voto aberto, nunca conseguiremos derrubar um veto, especialmente com 22 deputados na base", declarou o presidente da ALMT, defendendo a confidencialidade como um meio de proteger a liberdade de decisão dos parlamentares.

O debate sobre o voto secreto surgiu após a Assembleia derrubar, por 13 votos a 10, o veto do governador a um projeto de lei que autoriza o funcionamento de cantinas em unidades prisionais. O governador, insatisfeito com a votação secreta, pediu transparência, questionando quem seriam os deputados a favor da proposta, que permite a comercialização de produtos como bombons e biscoitos dentro dos presídios.

Por sua vez, Max Russi rebateu a crítica, argumentando que a prática do voto secreto é fundamental para que os deputados possam votar com mais liberdade e sem pressões externas. "Para a democracia, é essencial ter esse instrumento legal, para que possamos votar de acordo com a população, e não ser coagidos por interesses partidários ou do Executivo", afirmou.

Apesar das diferenças sobre a questão do voto, Russi e Mendes destacaram que a relação institucional entre os Poderes permanece intacta. O governador, por sua vez, reafirmou que a independência entre o Executivo e o Legislativo continua sendo respeitada, independentemente das divergências sobre o processo de votação.

A proposta que autoriza a operação de cantinas nas prisões de Mato Grosso levanta preocupações sobre segurança. O governo argumenta que as cantinas podem facilitar a entrada de itens proibidos, como aparelhos eletrônicos, e gerar novas fontes de receita para facções criminosas.

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