30 de Abril de 2025, 13h:19 - A | A

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Intervenção

Mauro Mendes diz que Estado não assumirá dívida trabalhista da Santa Casa



Governador Mauro Mendes (União) explicou que o governo não possui nenhuma responsabilidade legal para cobrir as dívidas trabalhistas da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, que superam R$ 40 milhões.

Ele destacou que a instituição é de propriedade privada e que o Estado apenas fez uma intervenção administrativa temporária para assegurar que o hospital funcionasse e atendesse a população.

"O Estado não tem a obrigação de quitar a dívida trabalhista de ninguém. O Estado não paga dívidas de terceiros. O papel do Estado é zelar pelo dinheiro público.

Se houve problemas anteriores, o Estado tinha consciência e todos conhecem essa dívida, mas ela não é uma responsabilidade do Estado.

Não tenho dever de quitar a dívida de ninguém. Quero dizer, será que o Estado precisa arcar com as dívidas trabalhistas de todas as pessoas? Não, não é necessário. Portanto, é melhor parar por aqui," declarou.

O governador também mencionou que o destino do edifício pode ser decidido pela Justiça do Trabalho, incluindo a possibilidade de penhorar e leiloar a propriedade. "O TRT já tomou aquilo, e tem autoridade para agir assim.

Em face de uma dívida trabalhista, a Justiça do Trabalho pode confiscar," afirmou. "Uma vez que esses bens estão confiscados, eles podem ser leiloados. É feita uma avaliação, e a primeira praça acontece.

Se não houver arremate, passa-se para a segunda praça com uma redução de 30%. Se ainda não for vendido, na terceira praça será pela melhor oferta," detalhou.

Ele ainda contestou a noção de que o Estado teria apenas "utilizado" a estrutura da Santa Casa e a estaria devolvendo agora com os mesmos problemas. Segundo ele, a administração do prédio foi feita de forma legal, e o governo honrou todos os seus compromissos.

"É importante esclarecer que o Estado não tomou a Santa Casa. O Estado fez uma requisição administrativa. Pagamos mensalmente R$ 500 mil de aluguel devido a isso. Pagamos rigorosamente em dia," afirmou.

"O Estado de Mato Grosso agiu de maneira responsável. Não tinha nenhuma obrigação de assumir as dívidas de ninguém e não irá fazer isso," enfatizou.

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), expressou o desejo de administrar o prédio da unidade, mas ressaltou que o Município não possui recursos para comprar ou arcar com o aluguel do espaço. Por isso, espera que o governo consiga adquirir o imóvel e depois transferi-lo à prefeitura.

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