02 de Maio de 2025, 10h:00 - A | A

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Lula adia reforma enquanto ministros enfrentam escândalos



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) optou por postergar a reforma ministerial planejada para fortalecer sua base aliada e garantir apoio político rumo às eleições de 2026. A decisão ocorre em meio a um novo escândalo envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com a Operação Fraude no INSS revelando um esquema de desvios que pode ter causado prejuízo de até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024 .

O ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), foi diretamente implicado após denúncias de irregularidades na gestão do instituto. Apesar de negar envolvimento pessoal, Lupi admitiu ter sido alertado sobre os problemas, o que gerou pressão por sua demissão. No entanto, aliados do presidente destacam a importância do apoio do PDT no Congresso, com 17 deputados federais e três senadores, o que dificulta uma decisão imediata sobre sua permanência no cargo .

A reforma ministerial, prevista desde o ano passado, visa atender às demandas de partidos da base governista, como o União Brasil e o PSD, que buscam maior representatividade no governo. No entanto, a necessidade de acomodar esses aliados e a proximidade das eleições de 2026 tornaram o processo mais complexo. Além disso, a legislação eleitoral exige que ministros deixem seus cargos até abril de 2026 caso desejem disputar as eleições, limitando as opções de substituição .

Enquanto isso, o governo enfrenta desafios internos e externos. A insatisfação de partidos como o União Brasil e o PP, que já sinalizam distanciamento do projeto de reeleição de Lula, aumenta a pressão por mudanças na Esplanada dos Ministérios. Além disso, escândalos envolvendo membros da base aliada, como o ex-ministro das Comunicações Juscelino Filho, acusado de corrupção, contribuem para a crise política em curso .

Em meio a esse cenário, o presidente busca equilibrar a necessidade de reformas políticas com a manutenção de apoios estratégicos no Congresso, visando garantir a governabilidade e fortalecer sua posição para a disputa eleitoral de 2026.

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