A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) exonerou, na última quinta-feira (8), Juliano Jorge Boraczynski do cargo de Consultor Adjunto de Regularização Fundiária, poucas horas após ele se tornar alvo da Operação Poço Sem Fundo. A decisão foi publicada no Diário Oficial ainda no mesmo dia. Juliano havia sido nomeado no início de março, com salário líquido de R$ 10.426,00.
A Polícia Civil investiga um suposto esquema de fraudes milionárias em contratos para perfuração de poços artesianos firmados pela Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) entre os anos de 2020 e 2023, período em que Juliano presidiu a estatal. Os danos aos cofres públicos são estimados em pelo menos R$ 22 milhões.
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca, apreensão e sequestro de bens. Juliano Boraczynski também é irmão do ex-deputado estadual Romualdo Júnior, falecido em março deste ano. A relação familiar e os cargos ocupados por Juliano ampliaram a repercussão do caso.
Batizada de Poço Sem Fundo, a operação é conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). As investigações seguem em andamento para apurar a participação de outros agentes públicos e empresas nas supostas irregularidades.
