29 de Abril de 2025, 07h:52 - A | A

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Com favoritismo de Moro, PT e esquerda traçam operação contra ele no Paraná em 2026



Com o crescimento de Sergio Moro nas pesquisas para o governo do Paraná, lideranças petistas e da esquerda no estado estão em alerta e articulam estratégias para conter o avanço do ex-juiz da Lava Jato. O principal desafio, no entanto, é encontrar um nome competitivo para enfrentar o senador nas urnas.

Sem um candidato viável dentro do próprio partido, o PT descarta lançar uma candidatura própria e busca uma alternativa dentro de siglas aliadas, como o PSB. O objetivo inicial é marcar posição e garantir um palanque forte no primeiro turno. Caso a disputa siga para o segundo turno, a esquerda não descarta a possibilidade de apoiar um nome indicado pelo governador Ratinho Júnior (PSD), caso isso signifique isolar Moro politicamente.

Nos bastidores, a relação entre Ratinho Júnior e Sergio Moro é considerada fria, o que alimenta especulações sobre a postura do governador na eleição de 2026. Apesar do apoio do PP e do União Brasil, que formaram federação, Moro não deve contar com a simpatia do atual chefe do Executivo paranaense. Um dos temores do grupo de Ratinho Júnior é que, caso eleito, Moro promova uma espécie de "Lava Jato estadual", revisando as contas públicas e investigando gestões anteriores.

Diante desse cenário, aliados de Ratinho Júnior pressionam para que ele escolha um sucessor de sua confiança. Entre os possíveis nomes na disputa estão Guto Silva, secretário das Cidades, o ex-prefeito de Curitiba Rafael Greca e o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi. Há também quem defenda a candidatura do vice-prefeito da capital, Paulo Martins (PL), mas essa movimentação tem gerado desconforto dentro do grupo governista.

Enquanto isso, Sergio Moro segue tentando ampliar sua base de apoio e busca atrair o PL para sua aliança. O senador tem apostado na defesa da anistia e participou do ato convocado por Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em abril, numa tentativa de consolidar sua aproximação com o eleitorado bolsonarista.

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