Da Redação
Mato Grosso está se preparando para enfrentar a temporada de seca com uma estratégia mais robusta de combate a incêndios. Recentemente, foi lançada a Sala de Situação Central (SSC), uma iniciativa que reúne diversos órgãos e entidades para monitorar, prevenir e combater queimadas e incêndios florestais. A primeira reunião da SSC, que contou com a presença do deputado Carlos Avallone (PSDB), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, aconteceu no Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), em Cuiabá. O objetivo principal é a integração de esforços para proteger biomas como o Pantanal, a Amazônia e o Cerrado, que são historicamente afetados pelo fogo.
O deputado Carlos Avallone destacou a importância da colaboração entre o governo estadual, federal, pantaneiros, produtores rurais e entidades de preservação ambiental. Ele ressaltou que, embora o volume de chuvas este ano tenha sido bom, a previsão é de uma seca severa, semelhante à de 2024. No entanto, a preparação para o combate está muito mais avançada. Avallone também mencionou os esforços para conseguir recursos federais, com a promessa de emendas de senadores mato-grossenses, visando a aquisição de equipamentos para brigadas municipais em diversas cidades.
A secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, enfatizou a importância da atuação integrada de agentes públicos e privados na Sala de Situação, que demonstra a capacidade do Estado de trabalhar de forma coordenada. O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Flávio Glêdson Vieira Bezerra, explicou que a SSC utilizará satélites para identificar focos de calor, permitindo que equipes conjuntas do Corpo de Bombeiros, Sinfra, Sema, Ibama, ICMBio, Defesa Civil e outras forças atuem rapidamente. Além disso, Poconé, uma cidade no Pantanal, em breve terá sua própria Sala de Situação para acelerar a resposta a incêndios na região.
A Sala de Situação Central foi criada por um decreto que também declarou estado de emergência ambiental em Mato Grosso e estabeleceu períodos de restrição para o uso do fogo em áreas rurais. No Pantanal, a proibição vai de 1º de junho a 31 de dezembro, enquanto na Amazônia e no Cerrado, de 1º de julho a 30 de novembro. A estrutura da SSC é consultiva e deliberativa, com a participação de representantes de órgãos públicos e entidades de proteção ambiental. Além disso, Cuiabá sediará o Forest Fire – Congresso Internacional de Gestão de Incêndios Florestais entre os dias 16 e 18 de junho, reunindo especialistas de diversos países para debater e fortalecer as estratégias de combate ao fogo em escala global.