A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de rejeitar o recurso da defesa de Fernando Collor e determinar a sua prisão imediata, baseia-se em acusações comprovadas por delatores da Operação Lava-Jato e por provas documentais. Collor foi condenado a oito anos e dez meses de prisão em regime fechado por participar de esquema de corrupção na BR Distribuidora.
Após a determinação de Moraes, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, convocou uma sessão virtual do plenário para avaliar a decisão. As acusações contra Collor incluem seu envolvimento na indicação de diretores da BR Distribuidora, beneficiando empresas em troca de propina.
A Procuradoria-Geral da República e o relator do caso citam diversos elementos que comprovam o favorecimento ilegal de empresas em licitações da BR Distribuidora, incluindo relatos de delatores e documentos apreendidos. Collor negou as acusações ao longo do processo, mas a decisão do STF determina sua prisão imediata.
A defesa de Collor afirma que ele irá se apresentar à Justiça, ressaltando a surpresa e preocupação com a decisão de Moraes. No entanto, a defesa destaca que questões como a prescrição e o recurso cabível deveriam ter sido discutidas pelo Plenário do STF, o que será avaliado na próxima sessão plenária.
