04 de Junho de 2025, 14h:36 - A | A

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AFASTADO POR CORRUPÇÃO

Acusado de receber R$ 250 mil em propina, Chico 2000 tem retorno à Câmara negado pelo TJ

Decisão do TJMT mantém afastamento no âmbito da Operação Perfídia, que apura esquema ligado a obra do Contorno Leste.

Da Redação



O vereador Chico 2000 (PL) teve seu pedido para retornar ao cargo negado pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) nesta terça-feira (3). Ele está afastado e proibido de frequentar a Câmara de Cuiabá desde 29 de abril, quando foi alvo da Operação Perfídia. Essa operação investiga um suposto esquema de pagamento de propina a vereadores por parte de uma construtora responsável pela obra da Avenida Contorno Leste.

A Operação Perfídia, deflagrada pela Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor), também teve como alvo o vereador Sargento Joelson (PSB). Ambos os parlamentares são acusados de usar seus cargos para solicitar e receber dinheiro indevido. A intenção seria facilitar a aprovação de uma matéria legislativa de interesse da empresa HB 20 Construções, responsável pelas obras no Contorno Leste em Cuiabá.

Segundo a investigação, os vereadores teriam recebido R$ 250 mil, que seria parte de um valor maior de R$ 4,8 milhões pagos pela prefeitura à construtora após a aprovação de um projeto na Câmara Municipal. A denúncia que deu origem à operação partiu do atual prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), quando ele ainda era deputado federal. O esquema teria ocorrido entre os anos de 2023 e 2024.

No total, foram cumpridos 27 mandados judiciais de busca e apreensão nos gabinetes dos vereadores na Câmara e nas residências dos envolvidos. Além de Chico 2000 e Sargento Joelson, a Deccor também investiga o dono e dois funcionários da HB 20 Construções: José Márcio da Silva Cunha, Glaudecir Duarte Preza e Jean Martins e Silva Nunes. A decisão do TJMT mantém o afastamento do vereador Chico 2000 enquanto as investigações sobre o suposto esquema de propina continuam.

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