20 de Abril de 2025, 05h:51 - A | A

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Vida de luxo

Saiba quem é o advogado preso com mais de 230 condenações por golpes



O advogado e engenheiro Luiz Eduardo Auricchio Bottura, de 49 anos, natural de Mato Grosso do Sul,  foi detido na Itália pela Guardia di Finanza de Pádua, após ser procurado pela Interpol por ser suspeito de liderar um golpe milionário no Brasil, em mais de 500 pessoas como vítimas, segundo jornal italiano Corriere Della Serra, teriam sido vítimas de Bottura.

Ele e outros familiares teriam montado um esquema de falsificação de documentos públicos, usurpação de funções públicas e fraude processual. Ele foi capturado em 4 de abril na cidade de Selvazzano, onde levava uma vida luxuosa e ostentosa, o que facilitou sua localização pelas autoridades italianas. 

Na ocasião, ele usou cartões de crédito registrados em seu próprio nome, pagou mensalidades de uma academia de ginástica e — imprudência das imprudências — adquiriu um possante Maserati Gran Cabrio, custando aproximadamente R$ 1 milhão (dependendo do modelo), com o qual desfilava sem perturbações pelas ruas de Selvazzano.

Bottura, conhecido como "golpista em série", é descrito como um litigante profissional, tendo movido mais de 3 mil ações judiciais no Brasil e sido condenado por conduta desonesta em várias delas.

Juntamente com um grupo de sete pessoas, incluindo familiares e advogados, Bottura enfrenta acusações de associação criminosa, corrupção ativa, falsificação de documentos públicos, e coação no curso do processo. Ele criou um centro de arbitragem para legitimar fraudes, emitindo sentenças simuladas para validar contratos falsos.

Além disso, Bottura tentou intimidar um perito do Instituto de Criminalística de São Paulo, o que resultou em uma medida cautelar contra ele.

Sua ex-esposa, Raquel Fernanda de Oliveira, e seus pais também são suspeitos de integrar a organização criminosa. Raquel foi presa preventivamente em dezembro de 2024 por envolvimento direto nas fraudes. Bottura aguarda a tramitação do pedido de extradição feito pelo Brasil e, se condenado, poderá cumprir até 49 anos de prisão na Itália.

As autoridades italianas estão considerando o bloqueio de seus bens na Europa, e o caso segue em análise diplomática entre os dois países.

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