Da Redação
O policial militar Ricker Maximiano de Moraes, preso pelo assassinato de sua esposa, Gabrieli de Souza, morta a tiros no último domingo (25) em Cuiabá, terá sua prisão preventiva mantida em uma cela do Batalhão de Operações Especiais. A decisão foi do juiz Francisco Ney Gaíva, que negou o pedido de liberdade provisória. O magistrado considerou que a soltura de Maximiano representa um risco à ordem pública e à possibilidade de que ele cometa novos crimes, já que a vítima tinha um histórico de violência doméstica.
O juiz destacou a gravidade do crime, que foi cometido na presença dos filhos menores do casal e com o uso de uma arma da corporação. "O crime foi cometido em ambiente doméstrico, por servidor da segurança pública, com uso de arma institucional. Trata-se de delito extremamente grave, praticado com requintes de frieza, na presença dos filhos menores, o que amplia seus efeitos nocivos e revela a periculosidade do agente”, afirmou o magistrado. A defesa de Maximiano havia solicitado liberdade provisória ou prisão domiciliar humanitária, alegando a ausência de requisitos para a prisão preventiva e que ele se apresentou espontaneamente à polícia.
A defesa também mencionou o estado de saúde mental de Ricker, informando que ele estava afastado do serviço há quase dois anos por transtorno depressivo e havia retornado poucas semanas antes do crime. Em depoimento à Polícia Civil, o policial expressou arrependimento, dizendo ter "destruído a vida de sua família". O crime ocorreu na residência do casal, no bairro Praeirinho. Após o homicídio, Maximiano fugiu do local levando os filhos de 3 e 5 anos, mas depois se apresentou e entregou a pistola .40 utilizada no crime. O delegado responsável pela investigação, Edson Pick, criticou a Polícia Militar por ter removido a arma da cena do crime, o que pode prejudicar as investigações.