A morte da estudante de medicina Carolina Andrade Zar, de 23 anos, está sendo tratada como caso de polícia em Marília (SP). A jovem foi encontrada desacordada no dia 15 de maio por um amigo, que tentou socorrê-la. Carolina foi levada às pressas para a Santa Casa de Marília, onde chegou a ser internada na UTI, mas não resistiu e morreu horas depois.
O caso, inicialmente registrado como suicídio, passou a ser investigado com mais profundidade após denúncias feitas pela família da estudante. O pai da jovem acredita que o então namorado teria influência direta na morte dela.
De acordo com a delegada Darlene Costa, responsável pela apuração, foi aberto um inquérito para investigar dois possíveis crimes: aborto provocado, que teria ocorrido em 2024, e indução ou auxílio ao suicídio, ambos atribuídos, preliminarmente, ao ex-companheiro de Carolina.
Causa da morte ainda é um mistério
No boletim de ocorrência, a equipe médica relatou que Carolina deu entrada no hospital com sinais de intoxicação aguda, apresentando sintomas como vômito, diarreia, taquicardia e desidratação severa. No entanto, os médicos não conseguiram precisar de imediato a origem do quadro — que poderia estar ligado a intoxicação alimentar ou exposição a alguma substância tóxica.
Perícia pode esclarecer o caso
Para tentar esclarecer a causa da morte, foi solicitado um exame toxicológico, que está em andamento. Além disso, um frasco, encontrado próximo da jovem no momento do socorro, foi apreendido pela Polícia Civil e também passará por análise pericial.
A investigação busca entender se houve crime, negligência ou se de fato a jovem teria atentado contra a própria vida sem influência de terceiros. A Polícia Civil segue colhendo depoimentos e aguardando os laudos periciais para avançar nas conclusões do caso.