A Polícia Federal desencadeou nesta sexta-feira (6) a Operação Proa Clandestina, com foco em desmontar uma rede criminosa altamente estruturada que atuava no roubo de aeronaves, tráfico internacional de drogas por via aérea e lavagem de dinheiro. A ação ocorre simultaneamente em sete cidades de três estados.
Os alvos da operação estão localizados em Sinop, Matupá, Guarantã do Norte e Nova Ubiratã (MT); Palmas e Porto Nacional (TO); e Dourados (MS), onde são cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão.
As investigações tiveram início após um episódio ocorrido em fevereiro de 2024, quando uma aeronave foi furtada e outra danificada em um aeroporto particular de Nova Ubiratã (MT). O detalhe que chamou a atenção da PF: os aviões estavam apreendidos judicialmente desde 2022, como parte da Operação TUUP, e seriam leiloados naquela mesma semana.
Esquema operava com aviões para transporte de cocaína
Segundo os investigadores, a organização criminosa mantinha um esquema logístico voltado à aquisição e manutenção de aeronaves utilizadas no transporte de grandes cargas de cocaína, principalmente em áreas de fronteira com a Bolívia e o Paraguai.
Com base nas evidências reunidas, a Justiça Federal autorizou o cumprimento de 4 mandados de prisão preventiva, 11 de busca e apreensão, além do bloqueio de contas bancárias, sequestro de bens e arresto patrimonial que totalizam R$ 4,2 milhões.
A Polícia Federal segue com as diligências e não divulgou, até o momento, o número de presos. A operação reforça a atuação da PF no combate a organizações transnacionais que utilizam o espaço aéreo brasileiro para o tráfico de entorpecentes.
