08 de Abril de 2025, 11h:06 - A | A

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JOGO DO TIGRINHO

PC apreende veículo de influenciadora em Cuiabá, mas ela segue foragida



Nesta segunda-feira (7), a Polícia Civil apreendeu o Corolla Cross da modelo e influenciadora digital Emilly Souza, que se encontra foragida. Ela é um dos alvos da Operação Quéfren, lançada no começo do mês para combater a promoção de jogos de azar e suspeitas de lavagem de dinheiro. O "carro grande" estava guardado na garagem do Condomínio Villas de Minas, localizado em Cuiabá.

De acordo com informações do Programa do Pop, a vaga onde o veículo foi encontrado foi "ajustada" por uma amiga de Emilly Souza, que foi levada para prestar esclarecimentos. Existem indícios de que a influenciadora estava escondida no condomínio Villas de Minas, mas até o momento, o seu paradeiro continua desconhecido.

Em suas redes sociais, Emilly mostrava uma vida de luxo, compartilhando fotos de viagens para destinos como Paris, Ilhas Maldivas e Suíça. Para seus 95,2 mil seguidores, ela chegou a postar uma foto com seu Corolla, ainda com o laço da concessionária, segurando as chaves do carro novo.

A Operação Quéfren foi deflagrada simultaneamente em vários estados, como Ceará, Mato Grosso, São Paulo e Pará. Em Cuiabá, a Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes cumpriu cinco mandados relacionados à investigação.

Além de Emilly Souza, outra investigada é Mariany Dias, estudante de odontologia, que foi presa durante a operação. A Polícia Civil do Ceará apurou que, desde abril de 2024, a maioria dos envolvidos são agentes de plataformas que contratavam influenciadores digitais para promover cassinos online nas redes sociais, divulgando sites de apostas ilegais e não autorizados no Brasil.

As investigações indicam a possível prática de lavagem de dinheiro e estelionato por parte dos suspeitos, além de uma organização criminosa transnacional. Influenciadores digitais com milhares de seguidores postavam vídeos e fotos, mostrando ganhos fictícios em plataformas de cassino online para atrair apostadores.

Eles também usavam contas de "demo/teste" para enganar os seguidores e faziam parte de uma rede que negociava diretamente com os donos das plataformas, localizados majoritariamente na China. O objetivo era indicar outros influenciadores para promover o "Jogo do Tigrinho".

Esses influenciadores recebiam remuneração de diferentes formas: pelo simples ato de divulgar as plataformas, pela quantidade de novos usuários cadastrados ou até mesmo comissões sobre os valores apostados pelas vítimas, movimentando milhões de reais nos últimos anos. Além dos pagamentos, os donos das plataformas custeavam viagens internacionais para os influenciadores, as quais eram exibidas nas redes sociais como sinônimo de sucesso relacionado ao jogo. Os agentes eram responsáveis por contratar os influenciadores e organizar festas de lançamento das plataformas.

 

 

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