Da Redação
Um operador de uma usina que combina energia solar e hídrica foi preso em flagrante em Lucas do Rio Verde (a 332 km de Cuiabá) por suspeita de fraude no medidor de energia. A suspeita é que o equipamento estava registrando uma produção de energia três vezes maior do que o valor real gerado no local. O prejuízo estimado para a concessionária e, consequentemente, para a sociedade, chega a impressionantes R$ 9,1 milhões.
A usina operava no chamado Sistema de Geração Distribuída, onde ela produz energia para seu próprio consumo e o excedente é distribuído para outras unidades consumidoras. Contudo, a perícia da Politec no local confirmou indícios de adulteração fraudulenta no medidor. Isso significa que a concessionária de energia registrava um recebimento de carga muito maior do que o realmente produzido, causando um desequilíbrio no fornecimento de energia para toda a região. A análise da geração aponta que a produção real da usina seria três vezes menor do que a quantidade supostamente distribuída, gerando um enorme prejuízo em energia não paga e impostos sonegados.
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Danilo Rezende, coordenador comercial regional da Energisa MT, destacou que a empresa utiliza inteligência artificial e equipes especializadas para identificar desvios, seja no consumo ou na geração de energia. Ele reforçou que fraudes como essa "além de prejudicar tecnicamente os vizinhos, afeta toda a população, pois não pagam a energia que consomem". Durante a operação, o funcionário responsável pela usina foi levado à delegacia para depor, e o proprietário da usina pode responder criminalmente, com pena que varia de 1 a 5 anos de prisão.
