26 de Maio de 2025, 14h:27 - A | A

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PRODUTOS ADULTERADOS

Mulher vai parar na UTI após aplicar Ozempic falso; operação desmantela esquema

Investigação identificou organização que falsificava medicamentos e os vendia pela internet com embalagens clonadas e prazos de validade adulterados.

Da Redação



A Polícia Civil de Santa Catarina realizou uma operação chamada "Reação Adversa" para combater uma organização criminosa que falsificava e vendia anabolizantes e medicamentos caros, como o Ozempic, conhecido por ajudar na perda de peso. Nesta segunda-feira (26/5), sete mandados judiciais foram cumpridos, resultando na prisão de um homem em Jaraguá do Sul (SC), apontado como responsável por enviar os medicamentos falsos no estado. A investigação se espalhou por três cidades catarinenses e também por Catalão (GO), com apoio da polícia de Goiás.

A investigação começou em outubro do ano passado, após um caso grave: uma mulher em Santa Catarina comprou o que pensava ser Ozempic, aplicou o produto e foi parar na UTI. Os exames revelaram que, na verdade, o frasco continha insulina, uma substância totalmente diferente do medicamento original. Esse incidente ligou o alerta das autoridades para a atuação desse grupo criminoso.

As investigações mostraram que a quadrilha tinha um esquema bem organizado: eles pegavam medicamentos vencidos, retiravam as datas de validade e colocavam novas etiquetas com prazos falsos. Para completar a fraude, contratavam uma gráfica que produzia embalagens idênticas às dos produtos originais. A venda desses produtos adulterados era feita principalmente pelas redes sociais, com preços muito abaixo do mercado para atrair as vítimas.

Além do Ozempic, o grupo também comercializava anabolizantes, medicamentos abortivos e outros produtos que não tinham registro ou autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Polícia Civil informou que os envolvidos podem responder por crimes graves, como falsificação de medicamentos – que prevê pena de 10 a 15 anos de prisão e é considerado crime hediondo – e até por tentativa de homicídio, já que continuaram a vender os produtos adulterados mesmo sabendo dos riscos. Durante a operação, carros de luxo e imóveis comprados com o dinheiro do crime foram apreendidos.

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