Uma mulher de 37 anos, identificada como Maria, foi presa na noite de segunda-feira (30) após atear fogo na casa do companheiro em Aripuanã, a 867 km de Cuiabá. O caso chamou atenção pela motivação revelada pela suspeita, que se apresentou voluntariamente à Polícia Militar e confessou o crime.
De acordo com o relato de Maria, o incêndio foi um ato impulsivo após flagrar o companheiro, de 47 anos, com outra mulher. Em depoimento, ela afirmou ter vivido um relacionamento abusivo ao longo de cinco anos, marcado por agressões físicas, tortura psicológica e ameaças constantes. A cena da traição, segundo a suspeita, teria sido o estopim.
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A mulher foi presa em flagrante e o caso está sendo apurado pela Polícia Civil. Testemunhas e vizinhos estão sendo ouvidos para apurar se havia histórico de violência doméstica e se o imóvel incendiado era de propriedade compartilhada. Não houve feridos no incêndio, mas os danos materiais foram significativos.
O episódio levanta questões delicadas sobre os limites da legítima defesa em situações de violência doméstica e sobre o papel do Estado na prevenção de casos que evoluem para tragédias. Ainda que o ato de incendiar um bem alheio seja crime, o contexto apresentado pela autora do incêndio poderá pesar na avaliação judicial.
As investigações seguem em andamento, e a mulher permanece detida à disposição da Justiça. A expectativa é que o inquérito considere os dois lados do caso, em especial as alegações de abuso reiterado ao longo dos anos.