O Rio de Janeiro, com seu território dividido entre facções criminosas e milícias, transformou-se em uma espécie de zona de guerra para motoristas e motociclistas de aplicativos, que diariamente enfrentam o dilema de adentrar ou não territórios de traficantes ou paramilitares para buscar ou deixar passageiros. As normas são variadas, variando conforme a região sob domínio do Comando Vermelho (CV), Terceiro Comando Puro (TCP), Amigos dos Amigos (ADA) ou a famosa Milícia do Zinho, anteriormente conhecida como Liga da Justiça.
Em quase todas as restrições criminais, o uso de veículos de aplicativos é proibido, contudo, alguns residentes persistem em usar os serviços para assegurar um pouco mais de conforto. Amedrontados e temerosos, os condutores frequentemente se metem em conflitos com passageiros que alteram os destinos finais para dentro das comunidades carentes. "Estamos em perigo, já que os passageiros solicitam a viagem para um local específico e depois mudam para áreas onde os carros de aplicativo não têm permissão para transitar." "Quem não cumpre a norma pode ter o veículo fuzilado", afirmou um condutor citado pela coluna.
Aos berros, dizendo que precisava trabalhar, ela tentou pegar o capacete que estava preso à motocicleta, enquanto era impedida pelo motociclista, que também se defendia aos berros.
Num certo momento, ela conseguiu pegar o capacete e lançou no chão, revoltada com a recusa.
A discussão foi interrompida por uma viatura da Polícia Miliar (PM) que passava pelo local, separou os dois e conseguiu esfriar os ânimos.