(Foto: reprodução)
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As investigações sobre o assassinato brutal de uma família em Itaperuna (RJ) revelaram detalhes ainda mais chocantes: o adolescente de 14 anos que matou os pais e o irmão de 3 anos conversou com a namorada virtual, de 15, moradora de Água Boa (MT), maneiras de esconder os corpos. Entre as opções debatidas pelo casal, estava dar os cadáveres para porcos comerem.
As conversas foram confirmadas pelo delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Carlos Augusto Guimarães, durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (1º). "Eles conversaram sobre esconder os corpos em local distante, sobre o uso de cães farejadores pela polícia, sobre esquartejar, queimar os cadáveres e até sobre jogá-los para porcos. É um nível de frieza e desprezo total pela vida humana", afirmou.
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O assassinato foi cometido no dia 21 de junho. O adolescente usou uma arma registrada no nome do pai — um Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) — para matar Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos, Inaila Teixeira, de 37, e o irmão mais novo, de apenas três anos. Em seguida, ele arrastou os corpos até uma cisterna da casa após espalhar produtos químicos pelo chão para tentar despistar a perícia.
Segundo a polícia, o crime foi motivado por dois fatores: o desejo do menor de viajar para conhecer a namorada virtual em Mato Grosso — desejo frustrado pela família — e a ganância em relação ao patrimônio dos pais. Conversas indicam que o casal falava sobre o valor da casa da família, estimado em R$ 300 mil, e sobre a venda do carro, avaliado em R$ 60 mil.
O delegado destacou ainda que o adolescente se referia aos pais como "seres nojentos" e que, segundo ele mesmo declarou à polícia, “matá-los era questão de tempo”. Após o triplo homicídio, ele chegou a dizer que não se arrepende e que faria tudo de novo.
A jovem envolvida no caso foi apreendida na noite de segunda-feira (30) pela Polícia Civil de Água Boa. Em depoimento, ela confirmou que sabia do plano e chegou a assistir aos assassinatos por videochamada. Após o crime, continuou trocando mensagens com o namorado. Em uma delas, disse: “Nunca pensei que alguém faria isso por mim”.
O relacionamento entre os dois teria mais de seis anos, segundo o delegado Matheus Soares, que investiga o caso em Mato Grosso. O computador da adolescente foi apreendido e está sob análise.
A Polícia Civil agora trabalha para esclarecer o grau de participação da menor no planejamento do crime e sua influência sobre o autor dos assassinatos. Ambos estão apreendidos e à disposição da Justiça.
