Uma mulher de 36 anos foi presa preventivamente nesta quarta-feira (11), em São Pedro do Sul, região central do Rio Grande do Sul, sob suspeita de ter contribuído para a morte do próprio filho, de apenas 11 meses. O caso, que havia ocorrido em novembro de 2024, voltou à tona após a conclusão de exames toxicológicos que detectaram a presença do antidepressivo amitriptilina no organismo da criança.
A substância, de uso controlado e contraindicada para menores de seis anos, pode ter tido papel crucial na tragédia. Embora a causa oficial da morte tenha sido asfixia por broncoaspiração, o laudo pericial apontou que a combinação com o medicamento pode ter comprometido as funções vitais do bebê.
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Segundo o delegado Giovanni Lovato, responsável pela investigação, o bebê chegou ao hospital com baixa responsividade e sofreu uma parada cardiorrespiratória. “A amitriptilina tem efeito sedativo. Seu uso em uma criança tão pequena é extremamente perigoso”, destacou o delegado.
A mãe tem outros cinco filhos vivos, quatro deles menores de idade com idades entre 9 meses e 17 anos — que foram acolhidos pelo Conselho Tutelar. A situação se agrava com o histórico familiar: a Polícia Civil também investiga a morte de outros dois filhos da suspeita, que faleceram antes dos quatro anos, nos anos de 2017 e 2018.
“Vamos conversar com os peritos para avaliar a viabilidade de identificar substâncias em exames antigos ou, se necessário, solicitar exumações”, informou Lovato. A polícia ainda pretende obter os prontuários médicos das crianças para reavaliar os atendimentos realizados na época.
O caso causa comoção e levanta questionamentos sobre possíveis negligências anteriores. As investigações seguem em sigilo, mas prometem desdobramentos importantes nos próximos dias.
