O italiano Dario Antonio Raffaele D’Ottavio, de 88 anos, teve seu corpo em decomposição mantido por seis meses em um quarto pelos seus filhos na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Durante esse tempo, continuava a receber dois benefícios do INSS, totalizando cerca de R$ 5.000, sendo R$ 3.500 de aposentadoria e o restante de pensão por morte, de um salário mínimo. Esses benefícios eram acumulados, uma vez que a pensão foi iniciada em 2014, antes das mudanças na Previdência em 2019.
A investigação policial está averiguando se os benefícios estavam sendo sacados pelos filhos, Tania Conceição Marchese D’Ottavio e Marcelo Marchese D’Ottavio, ambos presos. Os laudos que determinarão a data e a causa da morte de Dario estão em processo, mas é um desafio devido ao estado avançado de decomposição do corpo. Além disso, será analisado se os filhos possuem algum transtorno psiquiátrico, e não está descartada a possibilidade de assassinato e ocultação do corpo.
Até agora, os irmãos são suspeitos de ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal. Após passarem mal ao serem presos, foram atendidos em um hospital e então encaminhados ao Complexo de Bangu. A polícia foi alertada por vizinhos que estranharam o desaparecimento de Dario, que costumava jogar cartas com eles em um parque próximo. O quarto onde o corpo foi encontrado estava isolado com um pano para reduzir o odor.
Dentro da residência, policiais encontraram bens aparentemente novos, e será investigado se foram adquiridos com recursos do pai após a sua morte. A situação continua sendo investigada pela polícia para esclarecer todos os detalhes do caso.
