Da Redação
Um crime chocante veio à tona na manhã desta segunda-feira (9) em Curitiba. A jovem Raissa Suellen Ferreira da Silva, que estava desaparecida, foi vítima de um homicídio confessado pelo humorista Marcelo Alves dos Santos à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O crime teria sido motivado por ciúmes, após uma declaração de amor de Marcelo a Raissa.
Em um desdobramento ainda mais perturbador, Marcelo contou com a ajuda do próprio filho para ocultar o corpo de Raissa em uma área de mata em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. O filho também prestou depoimento à DHPP.
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A família de Raissa tinha sido informada por ela que estava de mudança para Sorocaba, no interior de São Paulo, onde teria conseguido um emprego. No entanto, após embarcar no carro de Marcelo, ela parou de responder às mensagens no WhatsApp, levantando suspeitas sobre seu paradeiro.
Na tarde desta segunda-feira, após a confissão, agentes da DHPP foram com o humorista até o local indicado. Um corpo foi de fato encontrado e será submetido a perícia para confirmação da identidade.
A delegada Aline Manzatto, presente no local da descoberta do corpo, confirmou o achado. "Agora a área será isolada. Confirmamos que há um corpo ali, conseguimos visualizar o pé do cadáver, então, vamos isolar agora e acionar a perícia e o IML para vir buscar o corpo e ter a certeza que é o corpo da Raissa", explicou a delegada. Ela informou que Marcelo e seu filho serão autuados em flagrante por ocultação de cadáver. Para Marcelo, a delegada solicitará também a prisão por homicídio, que dependerá da decisão do juiz. O filho responderá apenas por ocultação de cadáver.
Segundo o relato à Polícia Civil, Marcelo buscou Raissa no dia 2 de junho, alegando que a levaria a São Paulo para uma oportunidade de trabalho. O destino, porém, foi alterado para o apartamento do humorista, onde, após uma declaração amorosa, uma discussão teria culminado no assassinato da jovem de 23 anos.
A defesa de Marcelo Alves dos Santos, representada pelo advogado Caio Percival, alega que o crime não foi premeditado. "Não há premeditação, é um crime de inopino (ocorre de forma repentina, inesperada). Estamos falando em um crime passional. Marcelo é primário e tem bons antecedentes e nunca pisou numa delegacia", afirmou o advogado ao telejornal Meio Dia Paraná. Percival ainda mencionou a confissão como um fator de redução de pena e argumentou que houve "domínio de violenta emoção logo após injusta provocação da vítima", já que a discussão teria ocorrido depois da declaração de Marcelo. O caso segue sob investigação e novas informações serão acompanhadas de perto pela imprensa local.
