Conhecida nas redes sociais por ostentar um fuzil em um baile funk no Complexo da Penha, a jovem Bianca Duarte Franco, apelidada de “Fielzinha do 41” ou “Filha do 41”, foi presa nesta sexta-feira (3) em uma ação conjunta das polícias civis do Rio de Janeiro e do Pará.
A prisão ocorreu em uma comunidade de Cabo Frio, na Região dos Lagos, dominada pelo Comando Vermelho, facção à qual Bianca é apontada como integrante. Ela era procurada pela Justiça do Pará por envolvimento direto na estrutura da organização criminosa, onde teria atuado como uma espécie de “recrutadora” de novos membros, em um esquema comparado ao de recursos humanos do crime.
A ação faz parte da Operação Parabellum, coordenada pela Renorcrim, rede nacional de combate ao crime organizado vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Desde o início da ofensiva, no dia 18 de abril, já foram cumpridos 35 mandados de prisão preventiva.
Além de Bianca, outras duas mulheres foram presas em flagrante durante a operação: Layane Tharlita Santos Santana, também do Pará, e Kalita Eduarda Ataíde, natural do Distrito Federal. De acordo com a investigação, Layane atuava como “mula”, transportando drogas entre comunidades, enquanto Kalita era responsável pela comercialização dos entorpecentes no ponto de venda da facção.
A investigação é liderada pela Delegacia de Repressão a Facções Criminosas (DRFC) do Pará, com apoio da 64ª DP (São João de Meriti), do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB) e do Núcleo de Inteligência Policial (NIP).
Segundo as autoridades, o caso revela o avanço de criminosos oriundos de outros estados no território fluminense, especialmente membros do Comando Vermelho vindos do Norte do país. A operação reforça o esforço de integração entre forças estaduais e federais para conter o crescimento territorial de facções interestaduais.