A Polícia Civil de Mato Grosso avançou nas investigações sobre o assassinato do advogado Renato Nery, de 72 anos, executado a tiros em julho de 2024, em frente ao próprio escritório em Cuiabá. Nesta quinta-feira (17), a Operação Office Crime – O Elo revelou um novo desdobramento: um casal de empresários passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica, por decisão judicial.
Os empresários Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, que vivem em Primavera do Leste, foram alvos de medidas cautelares impostas pela Justiça com base em indícios de que poderiam tentar fugir. A dupla é apontada como peça importante na cadeia de intermediação do crime, incluindo a entrega da arma usada no homicídio.
Na mesma operação, os policiais militares Ícaro Nathan Santos Ferreira e Jackson Pereira Barbosa foram presos. Segundo a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os quatro investigados são suspeitos de atuar como elo entre os mandantes e os executores do crime, facilitando o acesso à arma de fogo usada na execução.
A operação foi embasada por provas reunidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) e por análises técnicas realizadas pela DHPP, que já vinha conduzindo diligências intensas desde o dia do atentado.
Disputa por terra é a principal linha de investigação
O assassinato de Renato Nery, ocorrido no dia 5 de julho de 2024, teria como pano de fundo uma disputa fundiária, conforme indicam as investigações. O advogado chegou a ser socorrido e passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.
Desde então, a DHPP tem se dedicado a rastrear os envolvidos no planejamento, intermediação e execução do crime, numa investigação que vem desvendando uma complexa rede com motivações econômicas e possíveis ligações com crimes organizados.
Com o monitoramento do casal de empresários e a prisão dos policiais, a investigação entra em uma nova fase, cada vez mais próxima de identificar todos os envolvidos no assassinato que chocou a sociedade mato-grossense.
