17 de Maio de 2025, 10h:43 - A | A

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OPERAÇÃO BARRIL VAZIO

'Beto Louco’ usa fundo de investimento para esquema fraudulento ligado ao PCC em MT

Investigado por integrar organização criminosa, Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como Beto Louco, é alvo da Operação Barril Vazio, que desvendou fraudes fiscais milionárias ligadas ao PCC em MT

Da Redação



Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como "Beto Louco", é réu em ação penal por integrar uma organização criminosa empresarial envolvida em fraudes fiscais e documentais que teriam causado prejuízos de até R$ 500 milhões anuais ao erário de Mato Grosso.

Ele utilizou o JNC Fundo de Investimento em Participações – Capital Semente para adquirir ações da empresa EGCEL/NEOVG, alvo de investigações por essas fraudes. Além disso, Roberto é investigado pelo Ministério Público por suposta ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

A Operação Barril Vazio, conduzida pela Delegacia de Crimes Fazendários (Defaz), revelou que o fundo de investimento emitia notas promissórias sem possuir recursos para quitá-las, especialmente um valor de R$ 2,29 milhões.

Roberto Augusto exercia controle direto sobre a NEOVG por meio do fundo, utilizando documentos paralelos e acordos não formalizados para esconder sua influência nas operações da empresa, evidenciando uma estrutura fraudulenta.

A denúncia destaca que Roberto participou diretamente de decisões estratégicas e operacionais da organização criminosa, consolidando sua liderança no esquema.

A estrutura financeira da NEOVG/EGCEL era baseada em propriedades adquiridas com documentos falsificados e notas promissórias fictícias, todas usadas para mascarar a real situação financeira da empresa, conforme detalhado nas investigações.

Além disso, a EGCEL/NEOVG atuava em conluio com a Copape Produtos de Petróleo LTDA, que junto à Aster – empresa distribuidora de combustíveis – também enfrentam problemas legais.

As empresas compartilham endereço, funcionários e realizavam transferências financeiras atípicas, evidenciando fraudes fiscais conjuntas. Em 2024, a Copape e a Aster entraram com pedido de recuperação judicial após a cassação de suas licenças pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

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