Da Redação
Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como "Beto Louco", é réu em ação penal por integrar uma organização criminosa empresarial envolvida em fraudes fiscais e documentais que teriam causado prejuízos de até R$ 500 milhões anuais ao erário de Mato Grosso.
Ele utilizou o JNC Fundo de Investimento em Participações – Capital Semente para adquirir ações da empresa EGCEL/NEOVG, alvo de investigações por essas fraudes. Além disso, Roberto é investigado pelo Ministério Público por suposta ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
A Operação Barril Vazio, conduzida pela Delegacia de Crimes Fazendários (Defaz), revelou que o fundo de investimento emitia notas promissórias sem possuir recursos para quitá-las, especialmente um valor de R$ 2,29 milhões.
Roberto Augusto exercia controle direto sobre a NEOVG por meio do fundo, utilizando documentos paralelos e acordos não formalizados para esconder sua influência nas operações da empresa, evidenciando uma estrutura fraudulenta.
A denúncia destaca que Roberto participou diretamente de decisões estratégicas e operacionais da organização criminosa, consolidando sua liderança no esquema.
A estrutura financeira da NEOVG/EGCEL era baseada em propriedades adquiridas com documentos falsificados e notas promissórias fictícias, todas usadas para mascarar a real situação financeira da empresa, conforme detalhado nas investigações.
Além disso, a EGCEL/NEOVG atuava em conluio com a Copape Produtos de Petróleo LTDA, que junto à Aster – empresa distribuidora de combustíveis – também enfrentam problemas legais.
As empresas compartilham endereço, funcionários e realizavam transferências financeiras atípicas, evidenciando fraudes fiscais conjuntas. Em 2024, a Copape e a Aster entraram com pedido de recuperação judicial após a cassação de suas licenças pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).