Da Redação
O empresário Marllon Pezzin, conhecido por seu envolvimento em uma confusão no restaurante Haru, em Cuiabá, se defendeu das acusações de tentativa de homicídio, dano e omissão de socorro. Em depoimento à polícia nesta terça-feira (27), ele alegou que agiu para se defender após ser agredido durante a briga generalizada no local. Pezzin disse que a confusão começou quando ele foi esbarrado por outro cliente e, a partir daí, várias pessoas o atacaram, inclusive seguranças do estabelecimento.
Segundo o delegado Claudinei Lopes, responsável pela investigação, Marllon Pezzin explicou que jogou o carro contra o deck do restaurante em um momento de desespero, tentando fugir das agressões. Ele negou a intenção de causar danos ao estabelecimento e afirmou que não percebeu ter atropelado a própria tia, que estava atrás do veículo. A tia sofreu uma torção e possível luxação no pé e será ouvida pela polícia nos próximos dias.
Apesar das alegações de Pezzin, a polícia o indiciou por tentativa de homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar), dano qualificado e omissão de socorro à própria tia. O delegado Lopes esclareceu que o empresário não está preso por ter se apresentado espontaneamente, mas não descartou a possibilidade de um pedido de prisão preventiva durante a continuidade das investigações. A polícia continua ouvindo testemunhas e buscando outras possíveis vítimas.
Sobre os rumores de tiros no local, o empresário negou ter certeza de disparos, embora tenha ouvido barulhos que o fizeram pensar nessa possibilidade. A perícia no veículo de Marllon Pezzin, no entanto, descartou a presença de marcas ou vestígios de tiros. O empresário apresentava lesões visíveis no rosto e outras partes do corpo, e também passará por exame de corpo de delito. O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran).