Da Redação
O ministro Antonio Saldanha Palheiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou mais um pedido de liberdade e manteve a prisão de Tiago Gomes de Souza, conhecido como Tiago Baleia. A decisão, publicada nesta terça-feira (10), também rejeitou o pedido de anulação da ação contra ele, que é acusado de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Tiago Baleia foi alvo da Operação Jumbo, deflagrada pela Polícia Federal em 2022. As investigações indicam que ele criava empresas de fachada para movimentar milhões de reais, valores que não condiziam com as atividades declaradas e que, segundo a PF, vinham do tráfico de drogas. Após ter sua prisão mantida pelo STJ e pelo Supremo Tribunal Federal, Baleia tentou novamente a revogação da prisão e a anulação de todo o processo, alegando que o tribunal que iniciou o caso não tinha competência para julgá-lo.
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Contudo, o ministro Saldanha Palheiro rejeitou o pedido. Ele explicou que, mesmo que a incompetência do juízo já tenha sido reconhecida em instâncias inferiores, o STJ não pode analisar as consequências dessa decisão antes que o próprio Tribunal de Justiça de Mato Grosso o faça. O ministro também reforçou a necessidade da prisão preventiva de Tiago Baleia, destacando que ele é acusado de liderar uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, utilizando empresas de fachada e comprando bens de luxo.
A Polícia Federal concluiu que Tiago Baleia adquiriu dois postos de combustíveis, avaliados em R$ 5 milhões cada, que seriam usados para lavar dinheiro do tráfico. Durante as buscas, foram apreendidos 210 quilos de cocaína, avaliados em R$ 3 milhões. Os agentes também notaram que Baleia passou a ostentar um alto padrão de vida, comprando uma casa em condomínio de luxo em Cuiabá por R$ 1,7 milhão e uma fazenda de mineração no valor de R$ 6 milhões. O ministro citou ainda um prejuízo de mais de R$ 3 milhões devido à interceptação de 200 kg de cocaína, o que justifica a gravidade da situação e a periculosidade do grupo.