A defesa da cabeleireira Débora dos Santos teve seu recurso rejeitado por unanimidade pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. Débora ficou conhecida por pichar a estátua da Justiça com a frase "perdeu, mané" e foi condenada a 14 anos de prisão em maio, mas cumpre regime domiciliar desde março.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou contra o pedido da defesa, sendo acompanhado pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux. O julgamento foi realizado de forma virtual e finalizado na sexta-feira (13).
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Moraes considerou que o recurso da defesa representa apenas um inconformismo com o resultado do julgamento e ressaltou a existência de provas que demonstram a materialidade e a autoria dos crimes pelos quais a ré foi condenada.
Após pressão de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fux questionou a severidade da pena imposta a Débora e sugeriu uma punição mais branda. No entanto, prevaleceu o entendimento do relator e Débora foi condenada por outros três crimes.
Fux, ao se manifestar, destacou que considerou a confissão da ré ao votar na dosimetria da pena, afirmando não haver vícios a serem sanados.