A pena de Sandro Silva Rabelo, conhecido como "Sandro Louco" apontado como o líder do Comando Vermelho em Mato Grosso, aumentou para um total de, 215 anos, 5 meses e 10 dias. A decisão foi do juiz da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Geraldo Fidelis Neto.
Essa nova determinação inclui sentenças por assassinato, comércio ilegal de entorpecentes, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O juiz também determinou que o criminoso continue na ala de segurança máxima da Penitenciária Central do Estado, denominada "Raio 8".
A reavaliação da pena aconteceu depois que a defesa de "Sandro Louco" contestou judicialmente seu remanejamento para o Raio 8. Os advogados argumentaram que houve limitação no direito de defesa e que não existiam razões claras para tal ação.
Contudo, após revisar o caso, Fidelis decidiu manter a decisão anterior, levando em conta os riscos associados ao acusado.
A mudança de "Sandro Louco" para o regime disciplinar diferenciado foi provocada pela descoberta de indícios de que ele estava tramando uma rebelião no estabelecimento penal.
Entre as provas apresentadas, há uma carta que supostamente foi escrita por ele e a apreensão de sete celulares em sua cela entre dezembro de 2024 e janeiro deste ano.
As investigações demonstraram que ele utilizava os dispositivos para se comunicar externamente, incluindo mais de 140 ligações para sua esposa em um curto período.
Diante das provas encontradas, a Justiça viu a necessidade de mantê-lo no Raio 8 para impedir que o chefe do Comando Vermelho continuasse a gerenciar atividades criminosas a partir da prisão.
A defesa tentou reverter essa medida alegando abuso de autoridade, mas o pedido foi negado. O Ministério Público do Estado argumentou que o preso continua a representar uma alta periculosidade.
A decisão estipula que ele deverá passar seis meses em isolamento, com visitas supervisionadas a cada quinze dias e apenas duas horas diárias para exposições ao sol, sem contato com outros prisioneiros.
