24 de Abril de 2025, 11h:04 - A | A

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REGIME FECHADO 44 ANOS

Padre sentenciado por estupro recebe redução de pena após serviços fora da cadeia



O Padre Nelson Koch, que trabalhava extramuros para uma empresa de pré-fabricados em Sorriso, teve 32 dias de sua pena anulados pelo juiz Rafael Depra Panichella, devido aos mais de três meses de trabalho que realizou. Nelson, que foi sentenciado a 44 anos de prisão no regime fechado, ainda precisa cumprir cerca de 44 anos pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e assédio sexual contra três adolescentes que frequentavam a paróquia onde trabalhava.

Em novembro do ano passado, o juiz ordenou que o Centro de Ressocialização de Sorriso, onde Koch se encontra preso, providenciasse a permissão para que ele pudesse trabalhar fora do estabelecimento prisional - o que efetivamente aconteceu. Assim, o sacerdote entrou com um pedido de remissão da pena, que foi aceito por Panichella após verificar que ele cumpriu 96 dias de trabalho.

Portanto, de acordo com a tabela anterior, o reeducando cumpriu 96 dias, que devem ser compensados na proporção de um terço. Portanto, o reeducando tem direito à redução de 32 dias de sua pena através do trabalho. Portanto, a redução atinge a marca de 32 dias. Portanto, declaro remidos 32 dias, conforme a decisão do juiz na sexta-feira passada (18).

No término de janeiro de 2024, Panichella rejeitou a solicitação de Koch para atuar além das fronteiras. No acórdão divulgado em 22 de outubro, os magistrados da Terceira Câmara Criminal concordaram com o voto do relator, Luiz Ferreira da Silva, e concederam ao padre a oportunidade de trabalhar fora do cárcere.

Para tal, Koch precisa cumprir as seguintes condições: monitoramento eletrônico e supervisão física constante ou por rondas regulares de policiais criminais no local onde prestará seus serviços, além do monitoramento dos contratos dos clientes, devidamente identificados nos termos de intermediação/cooperação assinados pela Fundação Nova Chance.

Ele foi sentenciado em setembro de 2022 por abusar dos fiéis da paróquia onde atuava. Um dos abusados teria sido um menino desde os sete anos e um adolescente desde os 13.

Segundo o delegado Pablo Bonifácio Carneiro, encarregado do caso, a mãe de uma vítima procurou o serviço de plantão da Polícia Civil para relatar que seu filho, de 15 anos, era funcionário da igreja dirigida pelo religioso e havia sido vítima de abusos sexuais em várias ocasiões.

Outro jovem, de 17 anos, também interrogado pela Polícia Civil, confirmou que o religioso, por pelo menos três anos, sem o seu consentimento, teria praticado atos libidinosos para satisfazer sua própria luxúria, configurando o delito previsto no artigo 215-A do Código Penal.

Detido na Ferrugem, Koch ainda tem que cumprir 44 anos, dez meses e doze dias de pena. Com a remissão, esse intervalo de tempo será recalculado com uma redução 32 dias.

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