27 de Maio de 2025, 17h:54 - A | A

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CASO NEY MÜLLER

Justiça rejeita reconstituição no processo contra ex-procurador da ALMT; crime foi filmado

O promotor de Justiça Samuel Frungilo argumentou que as imagens já mostram a dinâmica dos fatos.

Da Redação



A Justiça de Mato Grosso negou o pedido da defesa de Luiz Eduardo Figueiredo Rocha Silva, réu no caso do assassinato de Ney Müller Alves Pereira, ocorrido em 9 de abril, em Cuiabá. A defesa queria uma reconstituição simulada do crime, mas a juíza Helícia Vitti Lourenço, da 12ª Vara Criminal da capital, acatou o parecer do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), que considerou a reprodução desnecessária, já que o homicídio foi filmado.

O promotor de Justiça Samuel Frungilo argumentou que as imagens já mostram a dinâmica dos fatos. A juíza concordou, afirmando que os elementos nos autos já indicam a provável sequência dos acontecimentos, conforme o próprio acusado relatou à polícia. A decisão também indeferiu um pedido da Defensoria Pública para atuar no processo como custos vulnerabilis (guardião dos vulneráveis), pois, apesar de a vítima ser uma pessoa em situação de rua, a juíza considerou que os outros requisitos para essa atuação não foram preenchidos.

A juíza Helícia Vitti Lourenço destacou que o processo está tramitando normalmente, com a atuação plena do Ministério Público. Ela concluiu que não há indícios de omissão ou desproteção dos interesses da vítima que justifiquem a intervenção adicional da Defensoria Pública. Conforme a denúncia do MPMT, já aceita pela Justiça, o homicídio foi motivado por vingança e praticado de forma que dificultou a defesa da vítima, que foi surpreendida e morta sem chance de reação.

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