06 de Junho de 2025, 12h:03 - A | A

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CRIME BRUTAL

Justiça mantém presos empresários acusados de mandar matar advogado em Cuiabá

César Sechi e Julinere Goulart foram detidos pela Polícia Civil durante a Operação Office Crime; Renato Nery foi executado a mando do casal, segundo investigações



A juíza Edna Ederli Coutinho, que atua no Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), decidiu rejeitar um pedido de liberdade provisória e prorrogou por mais 30 dias a prisão preventiva dos empresários César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos. Eles são acusados de serem os principais responsáveis pelo assassinato do advogado Renato Nery, ocorrido em julho de 2024, em Cuiabá.

O casal foi capturado pela Polícia Civil em 9 de maio, durante uma das fases da Operação Office Crime, que apura os detalhes do homicídio. O mandado foi executado na residência dos investigados, situada em um condomínio de alto padrão no município de Primavera do Leste, a cerca de 234 km da capital.

No momento da detenção, os dois optaram por não prestar depoimento. No entanto, César Sechi chegou a afirmar, segundo a polícia, que não tinha envolvimento com o crime, classificando a situação como um "engano".

As apurações indicam que o casal teria oferecido a quantia de R$ 200 mil pela execução do advogado, mas o pagamento efetivamente realizado teria sido de R$ 150 mil.

O policial militar Heron Teixeira assumiu participação no homicídio, assim como seu caseiro, Alex Roberto, apontado como o executor dos disparos que atingiram a vítima.

Durante o depoimento, Heron declarou que contratou Alex dois meses antes do crime. Já Alex confessou à polícia que matou Renato Nery a mando de César e Julinere, e afirmou ter recebido cerca de R$ 100 mil pelo serviço.

O crime

O advogado Renato Nery foi atingido por tiros no dia 5 de julho de 2024, em frente ao seu escritório, situado na avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Ele foi socorrido por uma equipe médica e encaminhado ao Hospital Jardim Cuiabá, onde passou por uma cirurgia de emergência. Contudo, ele não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada do dia seguinte.

A principal motivação do crime, conforme as investigações, seria um conflito fundiário envolvendo uma propriedade rural localizada no município de São Joaquim, a 448 km da capital.

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