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14 de Junho de 2025, 09h:00 - A | A

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FRAUDE IMOBILIÁRIA

Justiça Federal condena nove pessoas por golpe de R$ 8 milhões contra a Caixa Econômica

Esquema utilizava documentos falsos e empresas fictícias para fraudar empréstimos imobiliários entre 2014 e 2016.

Da Redação



A Justiça Federal condenou nove pessoas envolvidas em um esquema milionário de fraudes contra a Caixa Econômica Federal, que causou um prejuízo de R$ 8 milhões em empréstimos e financiamentos imobiliários entre 2014 e 2016. A quadrilha, desmantelada em 2016 pela Operação Água Limpa da Polícia Federal em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), utilizava documentos falsos e empresas fictícias para enganar o banco.

O principal criminoso, um comerciante, recebeu a maior pena: 33 anos e 8 meses de prisão por crimes como fraude na obtenção de financiamento, lavagem de dinheiro e estelionato. Sua esposa também foi condenada a 17 anos e 6 meses de reclusão pelos mesmos tipos de fraude e estelionato. Os outros sete réus, que colaboraram com o casal, foram sentenciados por crimes que vão desde fraude em financiamentos até lavagem de dinheiro, somando quase 49 anos de prisão em suas condenações.

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A investigação do MPF revelou que, para conseguir os empréstimos fraudulentos, os acusados criavam pessoas e empresas falsas ou alteravam ilegalmente o quadro societário de empresas reais. Em seguida, eles solicitavam os empréstimos bancários, oferecendo como garantia imóveis com valores muito acima do real. A fraude se completava quando, na etapa final do contrato, os réus apresentavam à Caixa documentos falsificados — como carimbos, selos e certidões de matrícula de imóveis com registros adulterados — para simular a averbação da compra e venda ou da garantia nos cartórios.

Com o dinheiro liberado em mãos, os fraudadores simplesmente paravam de pagar os empréstimos. Quando a Caixa ia cobrar a dívida, descobria que os registros de propriedade dos avalistas e as garantias dos imóveis eram falsos, resultando em enorme prejuízo financeiro para o banco. A investigação comprovou que todos os condenados tinham ligação com o casal principal, agindo de forma orquestrada para criar empresas e personagens fictícios, além de falsificar comprovantes de endereço, extratos bancários, documentos de identidade e até certidões de imóveis.

Alguns dos envolvidos atuavam como corretores imobiliários, levando propostas a diferentes agências bancárias quando uma era recusada. Outros foram condenados por lavagem de dinheiro e pela simulação de compra e venda de imóveis para ocultar os valores obtidos ilegalmente. Apesar da gravidade dos crimes e das altas penas, a Justiça Federal concedeu aos réus o direito de recorrer da decisão em liberdade.

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