19 de Abril de 2025, 13h:16 - A | A

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Transferência de inquérito

Investigação de lobista de MT: PF alerta para vazamento no STJ



A Polícia Federal alertou para os riscos iminentes de vazamento de informações sigilosas de investigações em andamento no STJ ao solicitar a transferência de um inquérito para o STF. No documento, a PF destacou a possibilidade de vazamento de um caso que investiga justamente a divulgação de operações policiais em gabinetes do STJ. 

Embora o inquérito não tenha como alvo diretamente os ministros da corte, a PF ressaltou a urgência da atuação extraordinária do Supremo Tribunal Federal para supervisionar a investigação em questão.

O pedido da PF embasou a fase mais recente da Operação Sisamnes, que foi aberta inicialmente para investigar suspeitas de venda de decisões judiciais em gabinetes do STJ relacionadas ao lobista Andreson de Oliveira Gonçalves. Os indícios desse vazamento foram descobertos durante a Operação Maximus, que investigava possíveis vendas de decisões judiciais no Tribunal de Justiça do Tocantins. 

A suspeita veio à tona após um telefonema em junho de 2024, mencionando "companheiros em Brasília" que monitoravam informações do STJ antes de operações policiais serem realizadas.

Diante desse cenário, a PF solicitou ao ministro Zanin autorização para investigar os vazamentos e realizar buscas e apreensões. A necessidade de envolvimento do STF foi justificada devido à complexidade e sensibilidade do caso, garantindo assim a eficácia da investigação. A PGR também destacou a estreita relação entre as investigações de vazamentos e as vendas de decisões no STJ.

Com a autorização do ministro Zanin, a PF deu início às buscas e apreensões relacionadas aos vazamentos, enquanto aguarda a análise da PGR sobre a conexão entre as operações em andamento. A investigação está focada em desvendar a possível existência de uma organização criminosa envolvida na venda de decisões judiciais e informações sigilosas no STJ, envolvendo ministros como Og Fernandes, Isabel Gallotti, Nancy Andrighi e Paulo Moura Ribeiro.

A gravidade dos fatos levou às medidas determinadas pelo STF, visando a proteção da integridade das investigações em curso. O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, negou ter recebido informações privilegiadas, destacando que seus advogados já tinham acesso aos inquéritos desde antes dos acontecimentos em questão. A defesa de Thiago Barbosa, sob investigação, preferiu não comentar o assunto no momento.

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