Sexta-feira, 18 de Julho de 2025

- DÓLAR: R$ 5,53

09 de Junho de 2025, 16h:58 - A | A

HOME » Judiciário » Ex-assessor da ALMT alega pobreza para tentar anular condenação; Justiça vê incongruência

IMPROBIDADE

Ex-assessor da ALMT alega pobreza para tentar anular condenação; Justiça vê incongruência

Juiz aponta contradição após descobrir que ex-assessor continua trabalhando na Assembleia e pede esclarecimentos sobre situação financeira.

Da Redação



O processo movido por Ralf Leite contra o Ministério Público, que busca anular uma condenação anterior por improbidade administrativa, ganhou um novo capítulo. A Vara Especializada em Ações Coletivas de Cuiabá pediu explicações urgentes sobre a verdadeira condição financeira de Ralf Leite.

Leite foi condenado por improbidade administrativa porque foi contratado como assessor na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) por nepotismo. Em 2015, ele atuou no gabinete do ex-deputado Pery Taborelli, onde seu pai, Edson Leite da Silva, era chefe de gabinete.

Clique aqui para entrar em nosso grupo do whatsapp 

Agora, Ralf Leite tenta anular essa condenação, alegando que a sentença é nula e que houve violações a princípios constitucionais. Em sua petição inicial, ele pediu o benefício da Justiça Gratuita, afirmando estar em situação de vulnerabilidade econômica e que havia perdido sua única fonte de renda em dezembro de 2024.

No entanto, o juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ações Coletivas, fez uma consulta ao Portal da Transparência da ALMT. Lá, ele descobriu que Ralf Leite está atuando como Assessor Técnico Legislativo desde 24 de março deste ano.

O magistrado apontou uma "aparente incongruência entre a realidade funcional e a condição econômica alegada". Diante dessa descoberta, o juiz deu um prazo de 10 dias para que Ralf Leite preste os devidos esclarecimentos sobre sua situação financeira.

O despacho judicial também alertou que uma declaração falsa de pobreza pode configurar crimes como falsidade ideológica e litigância de má-fé. Além disso, a situação pode gerar responsabilidade disciplinar a ser investigada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Comente esta notícia