A Cooperativa de Crédito Sicredi Ouro Verde MT, com sede em Lucas do Rio Verde, abriu quatro ações de cobrança contra o empresário Andreson de Oliveira Gonçalves, atualmente preso em Brasília sob a acusação de intermediar a venda de decisões judiciais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os processos somam R$ 2,3 milhões em dívidas originadas de operações bancárias não quitadas.
As ações tramitam nas Comarcas de Cuiabá e Poconé e envolvem também a empresa Bioflex Agroindústria Energia Renovável e Mirian Ribeiro Rodrigues de Mello Gonçalves, que aparece como corresponsável em duas das ações.
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Entre os débitos cobrados estão:
Cartão de crédito pessoal com valor atualizado de R$ 103 mil
Cheque especial, com cobrança de R$ 108 mil
Execução de cédula de crédito bancário, no valor de R$ 465 mil
Outra execução bancária, no valor de R$ 1,6 milhão
Andreson é citado como avalista nas maiores dívidas e figura como o principal alvo das ações movidas pela instituição financeira.
O empresário ganhou notoriedade nacional após vir à tona seu suposto envolvimento em um esquema de venda de decisões judiciais que levou ao afastamento dos desembargadores Sebastião de Moraes Dias e João Ferreira Filho, ambos do TJMT. Ele é apontado como o elo entre advogados, servidores públicos e os magistrados, tendo atuação ativa na negociação de sentenças e repasse de informações sigilosas.
As cobranças milionárias agora colocam em xeque não apenas a conduta do empresário, mas também a solidez financeira das empresas associadas ao seu nome em meio a um escândalo que segue em desdobramento na Justiça.