Sexta-feira, 18 de Julho de 2025

- DÓLAR: R$ 5,55

10 de Junho de 2025, 08h:52 - A | A

HOME » Judiciário » Bens de quadrilha da "Soja com Areia" que movimentou R$ 22,5 milhões vão a leilão em MT

cargas de commodities

Bens de quadrilha da "Soja com Areia" que movimentou R$ 22,5 milhões vão a leilão em MT

Duas Hilux, SUV, gado e outros bens de criminosos que movimentaram R$ 22,5 milhões com desvio de commodities serão leiloados após condenação.



A justiça de Mato Grosso avança na recuperação de bens provenientes de um dos maiores esquemas de fraude no agronegócio do estado. O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, solicitou um relatório detalhado dos bens apreendidos dos réus da Operação "Grãos de Areia", que desmantelou uma quadrilha especializada no desvio de cargas de commodities.

A operação, que movimentou R$ 22,5 milhões em crimes, culminou na condenação de 14 pessoas no início de 2025, com penas que variam entre 4 e 7 anos de prisão. A sentença, proferida em fevereiro, também determinou o leilão dos bens apreendidos como forma de ressarcir os prejuízos causados.

Clique aqui para entrar em nosso grupo do whatsapp 

Entre os itens que devem ir a leilão, a sentença revela a apreensão de veículos de alto valor e uma significativa quantidade de gado: duas caminhonetes Toyota Hilux, uma caminhonete Chevrolet S10, uma SUV Toyota SW4, um Toyota Corolla, um Fiat Mobi, uma motocicleta Honda CB 1000R, além de 99 cabeças de gado.

Antes de dar prosseguimento ao leilão, o magistrado exigiu um relatório detalhado à autoridade policial, contendo informações sobre quais bens foram apreendidos, sua localização e se houve alguma restituição. "A fim de evitar o prosseguimento do incidente com relação a bens eventualmente não apreendidos, já restituídos ou acautelados, determino, de início, a expedição de ofício à autoridade policial para que forneça, no prazo de 5 dias, relatório circunstanciado da situação dos bens", determinou o juiz.

A Operação "Grãos de Areia", da Polícia Judiciária Civil (PJC), desvendou como a quadrilha, formada por proprietários de empresas de transporte e logística, comerciantes de commodities (soja, farelo, etc.) e até funcionários da empresa Rumo, agia. As investigações revelaram que, no início de 2021, cargas de commodities eram transportadas em caminhões e, ao chegarem à empresa Rumo em Rondonópolis (216 km de Cuiabá), eram substituídas por outros produtos, incluindo areia, com a conivência de funcionários cooptados pela quadrilha.

Comente esta notícia