Da Redação
O "empresário" Arthur Filipovitch, de Cuiabá, vai a júri popular por tentar matar a facadas o próprio cunhado, Rodrigo Coutinho Muller, em 6 de janeiro deste ano, em Florianópolis. O crime teria sido motivado por dívidas e desavenças familiares. A Justiça, no entanto, decidiu que Arthur não será julgado pela morte de Ricardo Beppler, padrasto de Rodrigo, pois ficou comprovado que ele agiu em legítima defesa nesse caso.
Segundo a decisão judicial de segunda-feira (2), Arthur foi absolvido sumariamente da acusação de homicídio contra Ricardo Beppler. As provas e o depoimento do próprio Rodrigo indicaram que Ricardo invadiu o quarto de Arthur com uma faca e uma corda para intervir em uma briga. Durante a luta, Arthur conseguiu se desvencilhar, desarmar Ricardo e usar a faca para se defender, resultando na morte do padrasto de Rodrigo.
Porém, a situação é diferente em relação a Rodrigo. Ele alega que Arthur o atacou com a faca no abdômen, causando perigo de morte, mesmo após ele implorar pela vida. Como há dúvidas sobre a intenção de Arthur e a dinâmica dos fatos nesse segundo ataque, o juiz entendeu que o caso deve ser analisado pelo Tribunal do Júri.
Arthur Filipovitch continuará preso até a data de seu julgamento, que ainda não foi marcada. A prisão preventiva foi mantida não apenas pelos fatos envolvendo Rodrigo, mas também pelo temor da vítima e de sua esposa, além de considerar os longos conflitos familiares que teriam levado aos acontecimentos e o fato de o réu ser de outro estado. Vale lembrar que Arthur já havia sido preso pela Polícia Federal em Cuiabá, em julho de 2023, por um mandado de prisão em aberto em São Paulo, mas foi solto pela Justiça na ocasião.
