A cidade de Várzea Grande já registra seis óbitos causados pela influenza em 2025, segundo a Vigilância Epidemiológica local. O cenário preocupa as autoridades de saúde, principalmente com a previsão de uma forte frente fria que pode agravar casos de doenças respiratórias, especialmente entre idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas.
Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) intensificou o chamado para que a população procure as unidades de saúde e se vacine contra a gripe e a covid-19, vírus que apresentam sintomas semelhantes e aumentam o risco de complicações no outono e inverno.
Cinco das mortes ocorreram em pacientes idosos com comorbidades atendidos no Pronto-Socorro e no Hospital Municipal. O sexto caso foi registrado na UPA do bairro Ipase, envolvendo uma mulher de 68 anos.
“São números que preocupam, sobretudo porque a vacina está disponível gratuitamente. Vacinar é a melhor forma de proteção”, destaca Alessandra Carreira, gerente da Vigilância Epidemiológica.
A preocupação aumenta com a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que indica temperaturas mínimas chegando a 14°C nesta quarta-feira (29) e 20°C na sexta (30), dados reforçados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“O frio agrava quadros respiratórios e pode sobrecarregar o sistema de saúde. Além da gripe, a covid-19 ainda circula na cidade, exigindo atenção redobrada”, alerta o superintendente de Vigilância em Saúde, José Carlos Valadares.
Entre 20 de abril e 24 de maio, as Unidades de Pronto Atendimento Ipase e Cristo Rei, junto às Unidades Básicas de Saúde, registraram mais de mil atendimentos por síndromes respiratórias. O Pronto-Socorro atendeu 344 casos no mesmo período.
“A vacinação salva vidas. Como mãe, enfermeira e secretária, reforço que pais e responsáveis priorizem a imunização dos filhos, e que idosos e seus cuidadores se protejam”, enfatiza a secretária municipal de Saúde, Deisi Bocalon.
O superintendente da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel BM Luís Cláudio Pereira da Cruz, lembra que “com o frio, o risco de doenças respiratórias cresce, e a vacina contra a gripe é uma das principais barreiras contra complicações graves”.