Evelyn Souza
Para muita gente, a Sexta-feira 13 traz aquela sensação de arrepio. Gatos pretos, espelhos quebrados e até passar por baixo de escada vira motivo para evitar o azar. Mas será que tudo isso faz sentido? Vamos descobrir de onde vêm essas crenças sobre o dia mais “azarado” do calendário.
O medo da Sexta-feira 13 vem de uma mistura de história e lendas. O número 13 é visto como azarado porque quebra o “padrão” do número 12, que aparece em várias tradições (como os 12 meses do ano e os 12 apóstolos). Além disso, o 13 está ligado a personagens como Judas Iscariotes e Loki, o deus da confusão. Já a sexta-feira tem uma fama ruim porque foi o dia em que Jesus foi crucificado, entre outros eventos tristes. E essa combinação ficou ainda mais forte em 1307, quando, numa sexta-feira 13, o rei Filipe IV da França mandou prender os Cavaleiros Templários — um momento cheio de torturas e execuções que ajudou a criar essa ideia de dia de azar.
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Mitos ou só superstição?
Muitas dessas crenças são só superstição mesmo, sem nenhuma prova real. Confira algumas delas:
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Gato preto cruzando o caminho: Acreditar que isso traz azar é uma ideia antiga e sem fundamento. A cor do gato não tem nada a ver com sorte. No passado, principalmente na Idade Média, os gatos pretos eram ligados à bruxaria, e por isso ganharam essa fama.
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Quebrar um espelho: Dizem que dá sete anos de azar porque, antigamente, acreditava-se que nossa alma ficava presa na imagem refletida. Se o espelho quebrasse, a alma também se quebraria, trazendo má sorte.
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Passar por baixo de escada: Existem algumas explicações para isso. Uma é que uma escada encostada na parede forma um triângulo, símbolo sagrado para algumas culturas, e passar por baixo seria falta de respeito. Outra é que passar por baixo de uma escada em uso pode ser perigoso, por causa da chance de cair alguma coisa.
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Abrir guarda-chuva dentro de casa: Essa é mais recente e vem da Inglaterra vitoriana. Como os guarda-chuvas eram caros e frágeis, abrir eles dentro de casa podia acabar estragando ou machucando alguém.
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Derrubar sal: Acredita-se que derramar sal dá azar, e que jogar um pouco por cima do ombro afasta o mau olhado. O sal já foi muito valioso em várias culturas, então derrubá-lo era considerado um desperdício e sinal de má sorte.