Durante o mês de abril, foi realizada a campanha “Escola Segura”, em referência ao “Dia Nacional de Combate à Intimidação Sistemática Bullying na Escola”.
A violência virtual foi novamente o foco das ações desenvolvidas pelos projetos da Polícia Civil nas escolas da região metropolitana de Mato Grosso. A campanha, em alinhamento com a Lei nº 13.277/2016, que institui o "Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola", teve como data oficial o dia 7 de abril, mas as atividades se estenderam ao longo de todo o mês.
Em Cuiabá, aproximadamente 650 alunos do ensino fundamental participaram das ações, que incluíram diálogos informativos e interativos, abordando as diversas formas de violência no ambiente escolar, com destaque para o bullying e cyberbullying. Já em Várzea Grande, cerca de 350 alunos do ensino médio também foram envolvidos nas discussões.
O investigador Nilton Cardoso ressaltou a importância de abrir um espaço para o diálogo franco, com o objetivo de informar, conscientizar e sensibilizar os estudantes sobre as consequências dessas práticas violentas e a responsabilização dos envolvidos.
Ele destacou que o bullying e o cyberbullying não devem ser vistos como simples brincadeiras, mas como formas de intimidação sistemática e perversa, comparáveis a crimes contra a honra.
“O bullying muitas vezes começa com a adoção de apelidos e atitudes baseadas em preconceitos étnico-raciais, deficiências, orientação sexual, aparência física, entre outros. É crucial que os estudantes entendam que a escola deve ser um espaço de inclusão e socialização”, enfatizou o policial.
Durante as palestras, o investigador voluntário alertou os alunos sobre crimes que podem ocorrer no meio virtual, como ameaça, calúnia, difamação e injúria, conforme tipificados no Código Penal.
A equipe psicossocial da Escola Tiradentes, em Cuiabá, composta pela psicóloga Renata Carrelo e pela assistente social Walquiria, destacou a importância da parceria com a Polícia Civil para promover uma cultura de paz e desmistificar a ideia de que o bullying não tem consequências.
"Os conceitos discutidos visam construir um ambiente de respeito para todos e orientar os participantes a buscar ajuda no combate ao bullying e cyberbullying", afirmou o diretor da escola, coronel Waldenir Soares P. Sobrinho.
O delegado Mario Demerval, coordenador da Polícia Comunitária, destacou que o bullying é qualquer ato que cause danos à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento de uma pessoa, especialmente de crianças e adolescentes.
Ele enfatizou que a violência psicológica se manifesta principalmente em escolas, mas também pode ocorrer em outros meios, como no ambiente virtual. “Por meio dos projetos sociais, a Polícia Civil busca promover uma abordagem leve, porém responsável, com o objetivo de tornar os estudantes mais críticos e reflexivos sobre o tema”, afirmou o delegado.